Considerada a maior tragédia do Brasil na sua classificação, em ambiente fechado, incêndio que tomou conta e destruiu a boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, completa hoje nove anos. No saldo de sua destruição, 242 pessoas morreram e outras 636 ficaram feridas, muitas com gravidade e sequelas para o resto de suas vidas. Essa tragédia, que jamais será esquecida pela população da cidade, aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013. A maioria dos mortos e feridos era formada por pessoas jovens, muitos deles participando de festa de confraternização.
A tragédia aconteceu em decorrência de um conjunto de falhas humanas e de erros na estrutura da casa de diversão. O número de mortos em incêndio no Brasil só foi superado pelo que atingiu o Gran Circus Norte-Americano, em Niterói, Rio de Janeiro, em 1961, quando morreram 503 pessoas.
Procedeu-se a uma investigação para a apuração das responsabilidades dos envolvidos, dentre eles os integrantes da banda, os donos da casa noturna e o poder público. O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e o uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade de pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida na mídia. Houve manifestações nas imprensas nacional e mundial, que variaram de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das boates no país e a omissão das autoridades. Decorridos mais de oito anos, somente agora, em 14 de Dezembro de 2021, foram fixadas as penas condenatórias aos apontados pelo Ministério Público como responsáveis pelo incêndio, pelas mortes e lesões caudadas às pessoas.