Desde sua criação, em 2009, o programa “Minha Casa, Minha Vida” já entregou cerca de 7,7 milhões de unidades habitacionais em todo Brasil e beneficiou várias famílias, que lutam contra a falta de saneamento básico, de energia elétrica e o medo constante das enchentes, como é o caso de Maria Adriele da Silva, de 27 anos, autônoma e mãe de 5 filhos.
TESTEMUNHO DE VIDA: Quando Maria da Silva foi morar na comunidade da Muvuca, às margens da Lagoa Mundaú, em Maceió, passou a conviver com muitas dessas dificuldades. Mas a sorte da autônoma mudou nesta sexta-feira (10). Ela e mais 487 famílias receberam as chaves da casa própria através do Minha Casa, Minha Vida.
Em setembro do ano passado, o Governo Federal anunciou a quitação automática dos contratos de financiamento assumidos por beneficiários do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) dentro do Programa. Junto com as chaves, os beneficiados pela medida receberam ainda o certificado de quitação do imóvel. O objetivo é garantir moradia digna e disponibilidade de renda para a alimentação adequada.
SONHO EM REALIDADE: Agora, Adriele deixou para trás os alagamentos sempre que havia chuva forte, a ponto de ter vivido em um abrigo por 18 dias, quando a Lagoa do Mundaú transbordou, em 2022. E também se livrou do peso mensal do aluguel. O recurso para garantir o sustento provém dos benefícios do Bolsa Família. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, acompanhou Adriele e os filhos na primeira visita ao novo imóvel. Ao entrar no apartamento pela primeira vez, ela não conteve as lágrimas.
“A sensação é maravilhosa porque, esse tempo todo, eu morei na lagoa, na lama. Agora, estou aqui”. Vencida essa etapa, é hora de realizar mais um sonho. “Quero ver meu filho aprender a andar na casa nova. Três deles andaram na lama, agora vai ser diferente”, contou.
MINHA CASA, MINHA VIDA: Nesta etapa, foram entregues 914 unidades do residencial Vilas do Mundaú, na capital alagoana, destinadas a atender famílias residentes em áreas de risco da região. Ao todo, o conjunto residencial conta com 1.776 apartamentos com área privativa de 46,73m², distribuídos em 89 edifícios. Cada um tem um custo aproximado de R$ 114 mil. O residencial ainda vai contar com escola, creche, posto de segurança e posto de saúde.