A informação sobre as visitas feitas ao coronel Mauro Cid na prisão, 73 no total, repercutiu negativamente na terça-feira, 11 de julho, e terá desdobramentos, isso porque a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 08 de janeiro e o Exército vão investigá-las, segundo o colunista Valdo Cruz.
A polêmica reside no fato da lista de visitantes englobar o ex-Chefe da Comunicação na gestão Jair Bolsonaro (PL-RJ), Fábio Wajngarten; e o coronel Jean Lawand Junior, que é investigado por mensagens de teor golpistas.
Lewand, inclusive, já havia prestado depoimento na Comissão, agora, o grupo de parlamentares buscará saber quando ocorreu a visita do militar ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A avaliação é que se a visita tiver sido realizada após a Polícia Federal divulgar as mensagens trocadas entre os dois, a situação se configurará como extremamente grave.
Nos textos, Lewand cobra de Cid que o ex-presidente da República tome alguma atitude para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.
Diante da ‘farra de visitas’ a Mauro Cid, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu limitá-las somente à esposa, filhos e advogados.
Depoimento
Em sua presente na CPI dos atos golpistas, o tenente-coronel Cid permaneceu em silêncio, não respondendo a qualquer questionamento feito durante a oitiva. A ministra Carmen Lúcia havia dado a ele o direito de ficar calado nas perguntas que poderiam o incriminar. Porém, o ex-ajudante de ordens evitou falar até mesmo a idade. O seu comportamento será analisado, podendo desencadear em punições.