Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi detido pela Polícia Federal nesta quarta-feira (9). As circunstâncias de sua prisão remontam ao dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, quando ele esteve no edifício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no domingo, 30 de outubro.
Durante sua visita ao TSE, Vasques teve uma reunião com o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, na qual se comprometeu a encerrar todas as abordagens em ônibus e seguir a decisão do ministro. Na data, a PRF havia desobedecido a ordem judicial emitida por Moraes, que proibia operações envolvendo o transporte público de passageiros.
Conforme revelado pelo podcast "Alexandre", uma colaboração entre a Revista Piauí e a Trovão Mídia, durante essa reunião de importância crítica, Moraes teria advertido Vasques com a seguinte declaração: "Ou você suspende os bloqueios, ou enfrentará prisão".
O encontro entre os dois durou cerca de 15 minutos, de acordo com informações da revista. A ordem direta de Moraes foi que as estradas deveriam ser liberadas em até 20 minutos. A ordem foi cumprida conforme as diretrizes estabelecidas.
A prisão de Silvinei Vasques nesta quarta-feira ocorreu como parte de uma operação que investiga suspeitas de interferência da PRF no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. No dia da eleição, a PRF executou uma série de abordagens a transportes públicos, em desacordo com a ordem de Moraes.