O pegging, prática sexual que consiste na inversão de papéis com uso de strap-on, (cintaralho) vem conquistando cada vez mais adeptos desde que foi popularizada em 2001 pelo colunista Dan Savage. A dinâmica, que permite à parceira assumir o controle da penetração, tem se espalhado por casais em busca de novas experiências, especialmente por proporcionar prazer intenso e desafiar normas tradicionais de gênero.
Popularização cultural
A cultura pop tem sido uma grande responsável pela ascensão do fetiche. Séries e filmes trouxeram o tema para o centro das discussões, assim como aconteceu quando Sex And The City apresentou vibradores ao grande público. Mais recentemente, produções como Broad City e Deadpool ajudaram a mostrar o pegging de forma divertida e acessível, aumentando sua visibilidade e naturalizando a prática.
O fenômeno não se limita às telas. Em fóruns online, milhares de usuários compartilham relatos, dicas e experiências, o que fortalece ainda mais a popularidade do ato. “O pegging não se trata só sobre o ato físico, mas também sobre a confiança, comunicação e a vontade de se aventurar juntos em novas experiências”, destacam especialistas em sexualidade.
Pesquisas apontam que aproximadamente 16% dos adultos sexualmente ativos já experimentaram o fetiche. Muitos relatam sensações intensas relacionadas à estimulação da próstata, além de uma conexão mais profunda com o parceiro ou parceira. Esse dado reforça que a prática deixou de ser considerada apenas uma curiosidade e passou a integrar o repertório de prazer de uma parcela significativa da população.
O aspecto emocional também é um dos atrativos do pegging. Para além da exploração física, casais afirmam que a vivência proporciona maior cumplicidade e diálogo sobre desejos, algo considerado fundamental para a construção de relações íntimas mais sólidas.
Ao desafiar padrões tradicionais e propor uma nova forma de vivenciar o prazer, o pegging se firma como uma tendência contemporânea no campo da sexualidade. Com mais abertura para conversas sobre fetiches e fantasias, a prática tende a ganhar ainda mais espaço — tanto nas telas quanto na intimidade de casais dispostos a se aventurar em novas descobertas.