Vitória Drumond Medeiros, filha de Geraldo Medeiros Júnior, piloto piauiense do avião que caiu em novembro de 2021 com Marília Mendonça e mais três pessoas, voltou a se manifestar sobre o acordo extrajudicial envolvendo o seguro das vítimas.
Em nova declaração feita nesta terça-feira (15), Vitória questionou a legalidade e a justiça da divisão do valor, reiterando que o seguro era por morte e “deveria ser igualitário” entre as famílias. Segundo ela, o acordo foi feito sob pressão e as famílias das demais vítimas preferiram o silêncio, em parte pelo luto e em parte por medo de exposição.
“Cada um estava num momento muito profundo ali, a gente não estava pensando em dar entrevista, cada família não estava preocupada em chamar a mídia para falar de dinheiro. A gente só estava preocupado em continuar vivendo, viver o nosso período de luto, aprender a viver….Outra coisa, isso ia continuar em segredo por mim, pelas outras famílias até o ponto, tipo a injustiça foi feita.
Vitória também contou que, apesar de ser influenciadora, evitou a imprensa temendo ódio nas redes sociais e prejuízo ao andamento do processo. Ela afirmou ainda que resistiu ao acordo até o último momento, mas acabou cedendo:
“Eu fui acusada até de ser gananciosa, mas, pelo contrário, eu só queria o justo para todo mundo, porque para mim... Para mim, não, no de acordo com o documento é um seguro por morte. São cinco mortes, tem que ser igualitário. São cinco vidas, cinco vidas morreram (sic), deveria ser igualitário, mas não foi assim e um último passo só eu estava ali contra o acordo. Eu estava já empatando a vida de todo mundo, eu tive realmente que ceder até para o meu bem, porque estava rolando muita coisa. Mas eu entendo que todo mundo em algum momento, por essa pressão, por tudo que houve, aceitou [o suposto acordo]”, disse.