O ator Bruno Gagliasso afirmou, na manhã desta segunda (27), que as ofensas racistas contra a sua filha Titi, feitas em um vídeo na internet, não ficarão impunes.
No domingo (26), a brasileira Day Mcarthy, que se define como escritora e mora no Canadá, publicou um vídeo na internet no qual faz comentários ofensivos sobre a menina de 4 anos. Ela responderá por injúria racial, difamação e injúria.
O ator pediu que todas as pessoas que tenham se sentido ofendidas prestem queixa na delegacia. "Isso acontece todo dia. Cabe a gente, todo mundo que se sentiu ofendido, que quer fazer a diferença no mundo, de fato, fazer, falar. É muito importante que todo mundo que se sentiu ofendido venha e preste queixa", disse.
Titi foi adotada por Bruno e pela mulher dele, a também atriz Giovanna Ewbank, no ano passado, depois de uma viagem ao Malawi, no Sul da África.
Bruno diz que, quando estiver mais velha, a própria filha vai saber se defender.
Socialite vai ser intimada
Ofender alguém por causa da cor da pele é crime de injúria racial, e quem o comete está sujeito a prisão de um a três anos. Segundo a polícia, mesmo morando fora, Day Mcarthy vai responder pelo crime de injúria racial e difamação, em um processo aqui no Brasil.
A princípio, Day estaria no Canadá --e este não é o nome verdadeiro dela, diz a delegada. O advogado cível de Bruno Gagliasso, Alexandre Celano, afirmou que irá acionar o Judiciário para tentar retirar as postagens ofensivas do ar.
Essa não foi a primeira vez que Day Mcarthy ofendeu artistas e seus filhos com postagens preconceituosas.
Esta é a segunda vez que Gagliasso vai à DRCI em um intervalo de pouco mais de um ano. Em novembro de 2016, o ator registrou outra queixa por racismo contra a filha. Na época, comentários preconceituosos sobre Titi foram escritos em uma foto postada por Giovanna Ewbank nas redes sociais.
Após a divulgação das imagens, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank se manifestaram nas redes sociais. A atriz agradeceu a solidariedade dos fãs e Bruno postou uma foto com a frase da filósofa e ativista americana Angela Davis: "Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista".