O cantor João Gomes, de 23 anos, abriu o jogo sobre sua relação com o álcool e os desafios que enfrentou ao tentar reduzir o consumo. Em entrevista recente ao Gshow, o artista explicou que a decisão foi motivada tanto por questões de saúde quanto pelo desejo de ser um exemplo melhor para os filhos.
Com a chegada de Joaquim, seu segundo filho, João afirmou que passou a repensar o estilo de vida. “Não quero que meus filhos me vejam bebendo assim com frequência, acho que é um ponto ruim. A gente fica no calor da emoção quando está bêbado, às vezes fala mais alto, ou então tipo: uma alegria, bebida; uma tristeza, bebida”, contou.
Há alguns meses, o cantor foi diagnosticado com gordura no fígado, o que o fez adotar uma postura mais cautelosa. Apesar disso, ele explicou que não parou completamente de beber, mas que hoje faz isso apenas em ocasiões especiais. “Agora, eu só bebo em algumas exceções, tipo pra brindar com Zeca Pagodinho”, disse, mencionando o cantor, que será uma das participações de seu novo DVD, gravado nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro.
João relembrou ainda que começou a beber muito cedo e que o processo de diminuição não foi simples. “Estou orgulhoso porque eu sei que os primeiros dias foram tensos. Eu sonhava bebendo, negócio assim, e depois ficava no sonho dizendo: ‘Não era pra eu ter feito isso, não!’.
"Então, quando eu acordava, dizia: ‘Caramba, era só um sonho, mas que filme de terror’. Aí perdi peso, fiquei legal, fiquei até mais presença. A gente tem que se cuidar, a verdade é essa. A bebida, para certas pessoas, acaba sendo um mal, e tava sendo um mal pra mim, mas agora eu já sei administrar melhor isso.”
Natural de Pernambuco, o cantor destacou que artistas como Ivete Sangalo também tiveram um papel importante na sua decisão de reduzir o consumo. Segundo ele, a cantora o fez refletir sobre o impacto da bebida nos palcos.
Encerrando a entrevista, João Gomes falou com emoção sobre o legado que deseja deixar. “Meu sonho é que nossa música, nossa cultura estejam sempre vivas. Que a gente possa deixar de herança essa forma de trabalho para os próximos que desejarem sonhar com a música, com o piseiro, com o forró. Que a gente diga bem assim: ‘Rapaz, ó, existe um público esperando vocês’. E existe um sonho que vai ser deixado de herança para muitos, que a gente vai incentivar muitas pessoas a cantarem também.”