A enfermeira Clarissa Costa Gomes, amiga da cantora Juliette Freire, foi assassinada a facadas na noite da última quarta-feira (9), dentro de casa, em Fortaleza (CE). O principal suspeito é o namorado dela, Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos, que foi preso em flagrante. O caso está sendo investigado como feminicídio.
O que disse JUliette?
Juliette usou as redes sociais para lamentar a morte da amiga e fez um alerta sobre relacionamentos abusivos.
“Desde que recebi a notícia, eu estou o tempo inteiro me arrepiando, angustiada. Uma pessoa doce, educada, nunca tivemos ideia de que era um relacionamento tóxico. Nunca houve um pedido de socorro”, escreveu.
A cantora contou ainda que Clarissa estava no primeiro relacionamento amoroso e que, até então, não havia sinais aparentes de violência.
“Nunca teve um sinal, não houve uma gradação. Simplesmente hoje, a gente acorda com essa notícia”, disse.
QUEM ELA ERA?
Clarissa tinha formação em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e trabalhava como enfermeira neonatal no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e no Hospital Dr. César Cals. Colegas de profissão e amigos relataram que ela era tranquila, dedicada e carinhosa com os pacientes.
o crime
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu dentro da residência da vítima. Após o assassinato, Matheus fugiu do local, mas foi encontrado por policiais civis em um condomínio no bairro Maraponga. Ele foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e autuado em flagrante por feminicídio.
Relatos de amigos indicam que o casal se conheceu na igreja e que Matheus não aceitava o fim do relacionamento. Eles estavam juntos há pouco mais de um ano.
Em nota, o Hospital Geral de Fortaleza manifestou pesar pela morte de Clarissa e solidariedade aos familiares. O Sindicato dos Enfermeiros do Ceará também se pronunciou: “Toda a categoria do Ceará se une em luto, somando-se às vozes que exigem justiça por Clarissa e por todas as mulheres vítimas de violência”.
O feminicídio é crime previsto no Código Penal Brasileiro desde 2015. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é assassinada por essa motivação a cada seis horas no país.