O Tribunal de Justiça da Paraíba autorizou o bloqueio de cerca de R$ 3,8 milhões em bens do influenciador digital Hytalo Santos, preso na última semana. A medida foi determinada após a acusação de que ele não teria quitado nenhuma parcela da mansão onde residia, localizada em João Pessoa. Além dos valores, também foram bloqueados documentos pessoais como passaporte e carteira de habilitação.
Decisão judicial
Na decisão, o juiz José Herbert Luna Lisboa destacou que Hytalo não realizou pagamentos referentes ao imóvel situado no bairro Portal do Sol, pertencente a um empresário local. Diante disso, foi determinado o bloqueio do valor do contrato acrescido de multa de 20%. O magistrado ainda autorizou a inclusão do nome do influenciador no Serasajud, sistema que agiliza a comunicação entre o Judiciário e a Serasa Experian.
A prisão de Hytalo Santos ocorreu em 15 de agosto de 2025, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, juntamente com seu marido, Israel Natã Vicente. A detenção preventiva foi executada pela Polícia Civil de São Paulo após solicitação do Ministério Público da Paraíba. Ambos são investigados por tráfico de pessoas e exploração infantil, acusações que levaram à intensificação das medidas judiciais contra o casal.
Além das questões relacionadas ao imóvel e aos bloqueios financeiros, o caso também ganhou novo capítulo com a autorização de uma entrevista exclusiva de Hytalo Santos ao jornalista Roberto Cabrini, da Record. O pedido foi apresentado pela emissora e deferido pela Justiça.
Na decisão do juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, obtida pela coluna de Fábia Oliveira, ele ressaltou que “a referida entrevista deverá ocorrer com obediência às regras estabelecidas pela unidade penitenciária onde se encontram os detidos, com as cautelas de estilo como medida de segurança”.
Os representantes de Cabrini justificaram a solicitação destacando a relevância da reportagem. “Cumpre informar a importância do trabalho jornalístico na cobertura em relação ao processo criminal que tramita sobre o réu. e, nesse caso, é o que se está tentando fazer”, informou a defesa da emissora em documento enviado ao Judiciário.