O empresário Raúl Rocha Cantú, atual proprietário do Miss Universo, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do México por suspeita de liderar uma rede internacional de tráfico de drogas, contrabando de armas e desvio de combustível.
As informações foram reveladas pelo jornal Reforma, que aponta o milionário como chefe de uma organização criminosa. A quadrilha seria especializada no contrabando de combustível por rotas fluviais entre México e Guatemala.
A situação ganhou novos desdobramentos na quarta-feira (26), quando Cantú se apresentou voluntariamente à FGR e teria assinado um acordo de delação premiada. Em comunicado, o Ministério Público confirmou que está reunindo informações “cruciais” fornecidas por um dos investigados, que poderão aprofundar o caso e ampliar o alcance da apuração.
As autoridades afirmaram ainda que detalhes sobre a condição jurídica do empresário só serão divulgados após a validação das provas reunidas. Até o momento, a investigação levou à emissão de mandados de prisão contra 13 pessoas, entre elas servidores públicos e integrantes de departamentos policiais.
O escândalo acontece em meio a outra crise envolvendo o concurso. Na semana passada, a mexicana Fátima Bosch foi coroada Miss Universo, mas a vitória tem sido contestada por candidatas e jurados. A ex-Miss Canadá, Natalie Glebova, que integrou o júri, chegou a questionar publicamente a legitimidade do resultado, aumentando a pressão sobre a organização.