Zezé Di Camargo recebeu mais de R$ 20 milhões em verbas públicas ao longo de 2025, segundo levantamento da coluna Gabriel Vaquer, da Folha de São Paulo. Os recursos foram destinados a 42 shows contratados por prefeituras, utilizando portarias do Governo Federal, liderado por Lula.
Os cachês variaram conforme a localidade, sendo o mais alto o pago pela prefeitura de Fazenda Rio Grande, no Paraná, que desembolsou R$ 600 mil por uma apresentação em setembro. A maior parte dos shows ocorreu nas regiões Sul e Centro-Oeste, com algumas apresentações no Nordeste.
Goiás, estado natal do cantor, liderou o número de contratações, com dez apresentações, seguida por Paraná (dez shows), Mato Grosso e Minas Gerais (cinco cada). No Nordeste, houve três shows: dois no estado de Pernambuco e outro em Sergipe.
Um espetáculo previsto para o início de 2026, em São José do Egito (PE), foi cancelado após as recentes declarações de Zezé contra a família Abravanel, dona do SBT. A prefeitura local pagaria R$ 500 mil, provenientes de recursos federais.
POLÊMICA
Na madrugada desta segunda-feira (15) o cantor publicou um vídeo onde detonava a emissora e pedia o cancelamento de seu especial de Natal por não concordar com a presença do líder do Poder Executivo durante o evento. A atração estava programada para ir ao ar no dia 17 de dezembro.
Em nota divulgada nas redes sociais, o sertanejo pediu desculpas à família Abravanel e afirmou que não teve a intenção de desrespeitar as filhas do apresentador Silvio Santos. Zezé reconheceu que se expressou de forma inadequada ao dizer que as herdeiras do SBT estariam se 'prostituindo'.
Ainda na segunda, a emissora confirmou por meio de uma nota que não exibiria mais o especial. Segundo o colunista Flávio Ricco, do Portal Leo Dias, a decisão do cancelamento partiu da presidente do SBT, Daniela Beyruti.