Bia Miranda, Gato Preto e DJ Buarque |
Foto: Reprodução/ Instagram
Bia Miranda, Gato Preto e DJ Buarque foram citados em uma ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7), que apura a divulgação indevida do chamado “jogo do tigrinho” por meio das redes sociais.
A operação, nomeada Desfortuna, foi conduzida pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), com o foco em 15 criadores de conteúdo digital. O grupo é suspeito de utilizar suas plataformas para promover apostas online.
segundo a polícia
Conforme informações da polícia, o propósito da operação é desmontar um esquema que estaria promovendo jogos de azar na internet, com suspeitas também de lavagem de dinheiro e atuação em grupo criminoso. As apurações contaram com o apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD).
As buscas foram realizadas em endereços localizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Entre os investigados, além de Bia Miranda e Gato Preto, estão Jenny Miranda (mãe de Bia), MauMau, Lorrany, Luiza, Micaell Santos, Nayala Duarte, Paola, Paulina Attaide, Rafael Buarque, Tailane Garcia, Tailon e Vanessa. A CNN informou que está tentando contato com os representantes legais dos mencionados.
De acordo com os investigadores, as publicações feitas pelos influenciadores promoviam supostos ganhos rápidos e garantidos, com a intenção de atrair usuários para sites de apostas, o que é proibido por lei no Brasil. A polícia relatou ainda que os investigados exibiam padrões de consumo acima da renda informada, com evidências como viagens internacionais, veículos de luxo e imóveis caros. Dados fornecidos pelo COAF indicam movimentações financeiras que, somadas, superam R$ 4 bilhões.
Além da acusação de promover jogos ilegais, o grupo também é suspeito de participar de uma organização criminosa com estrutura definida, onde haveria funções específicas entre quem divulga, quem movimenta o dinheiro e quem mantém empresas registradas apenas no papel. Parte dessa estrutura, segundo a investigação, teria sido montada para esconder a origem dos recursos, configurando lavagem de dinheiro. A DCOC-LD também apontou ligações de alguns suspeitos com pessoas já investigadas por envolvimento com facções criminosas.