Klara Castanho
Após ser exposta por Antonia Fontenelle, Klara Castanho divulgou uma carta em que revelou que foi vítima de estupro, engravidou e decidiu entregar a criança para adoção seguindo todos os trâmites legais.
Na declaração, Klara conta que, no dia em que o bebê nasceu, foi abordada e ameaçada por uma enfermeira na sala de cirurgia com as seguintes palavras: “Imagine se tal colunista [Léo Dias] descobre essa história”. Quando Klara voltou para o quarto, já havia mensagens do colunista com todas as informações.
A artista conta que não fez boletim de ocorrência na ocasião por se sentir envergonhada e culpada. "Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu. As únicas coisas que eu tive forças para fazer foram: tomar pílula do dia seguinte e fazer alguns exames", cont
Pela lei brasileira, a atriz tria teria direito a fazer um aborto legal. Ela afirmou, no entanto, que tomou a decisão de fazer uma entrega direta para adoção. A entrega voluntária para adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e permite que a mãe entregue o filho para adoção em um procedimento assistido pela Justiça.
"Eu fui forçada a trazer a público a coisa mais difícil da minha vida. Eu nunca imaginei que eu teria que falar e lidar com isso além das pessoas que involuntariamente foram incluídas na história, que são a minha família", disse ao apresentador Serginho Groisman.
"E tem uma coisa que quero deixar aqui registrado, já que é a única coisa que tentam usar contra mim de alguma forma. Depois que eu vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais eu fui submetida. Todos. Sem nenhuma exceção. E o que me resta nesse momento, e ainda bem, é confiar na Justiça. E eu confio muito. Não só na justiça daqui, mas numa justiça muito maior. Eu fiz o que eu podia, como podia, o que meu psicológico podia aguentar, e pode", declarou a ex-estrela infantil.