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Nana Caymmi morre, aos 84 anos, no Rio de Janeiro

A cantora estava internada desde agosto do ano passado, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca.

Nana Caymmi, uma das maiores vozes do Brasil, morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A cantora estava internada desde agosto do ano passado, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca.

À época, o hospital informou que ela precisaria fazer ajustes no marcapasso. Dias antes, a artista foi hospitalizada por dores no tórax. Na ocasião, ela passou por um cateterismo cardíaco, que não apresentou obstrução.

"O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital", afirmou Danilo Caymmi, irmão da artista. 

Morre Nana Caymmi Foto: Divulgação 

HISTÓRIA 

Nana Caymmi nasceu em abril de 1941. Filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, ela seguiu os passos da família e construiu uma das carreiras mais bem-sucedidas da música popular brasileira.

A artista despontou na MPB dos anos de 1960. Entre as canções que gravou, com sua voz inconfundível, estão clássicos de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos. 

Em 1964, ela fez parte da gravação do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, um clássico que fez sucesso não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. 

Pouco depois, encarou um dos maiores desafios de sua carreira: o Festival Internacional da Canção, em 1966. Interpretando “Saveiros”, de seu irmão Dori Caymmi, foi vaiada, mas venceu a competição.

A artista gravou outras dezenas de discos na carreira. Entre eles, “Nana Caymmi” (1975), “Renascer” (1976), “Voz e Suor” (1983) — esse ao lado do pianista Cesar Camargo Mariano —, “Bolero” (1993) e “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (1994), produzido por José Milton, com quem ela trabalhou até 2019.

Nana Caymmi e seu pai  Dorival Caymmi  Foto: Divulgação 

Seu repertório também inclui releituras marcantes de músicas do pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”.  Em 2004, ela e os irmãos Dori e Danilo foram homenageados com o título de cidadãos baianos.

A voz de  Caymmi também esteve presente em trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, além de participações especiais em cena. Em 1998, o vocal de Nana estrelou a abertura da minissérie “Hilda Furacão”, da TV Globo, com a faixa “Resposta ao tempo”, composta por Aldir Blanc e Cristovão Bastos.

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