Basta sentir qualquer incômodo no estômago para que boa parte das pessoas ache que está com gastrite. Ir ao médico que é bom, nada. A saída mais comum, e problemática, ainda é a automedicação. No entanto, o tratamento errado e a ingestão de remédios inadequados podem levar a outras patologias, como úlceras e cálculos renais.
Confira abaixo 13 detalhes sobre a doença, de acordo com Vladimir Schraibman, gastrocirurgião e orientador de cirurgias robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein. E lembre-se: se notar qualquer sintoma, não hesite em procurar a ajuda de um profissional.
1- A gastrite é mais comum em adultos, em sedentários e em pessoas que não apresentam hábitos de vida saudáveis;
2 - Os principais sintomas são dor, queimação ou aperto na parte alta do abdômen, inchaço abdominal e digestão difícil;
3 - O diagnóstico consiste em história clínica, exame físico e confirmação pela endoscopia digestiva alta;
4 - A gastrite pode ser ocasionada por má alimentação, álcool, remédios à base de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios, estresse ou o aumento do número de bactérias Helicobacter pylori, que vivem naturalmente no tecido que reveste o estômago. Esses componentes, isolados ou associados, agridem a mucosa estomacal;
5 - O álcool, por exemplo, promove a diminuição da formação de prostaglandinas, substâncias responsáveis pela proteção de muco do estômago contra o ácido;
6 - A bactéria Helicobacter pylori está associada à recidiva da gastrite na maior parte das vezes. Quando não é eliminada, a probabilidade de adquirir uma nova infecção é maior do que 90%. A sua presença pode estar associada ao aparecimento do câncer gástrico em quadros de gastrite crônica;
7 - O cigarro possui inúmeras substâncias (principalmente a nicotina) que levam ao aumento da secreção gástrica por irritação local;
8 - O estresse aumenta a liberação de cortisol e de adrenalina, que promovem uma maior produção de ácido pelo estômago, gerando a gastrite de fundo emocional;
9 - Dieta rica em gordura contribui para o desenvolvimento da patologia. É que a gordura tem a capacidade de gerar um aumento da produção de ácido, agravando uma gastrite já estabelecida;
10 - Se os sintomas acabaram de aparecer, o quadro pode ser classificado como gastrite aguda. Caso sejam constantes e persistentes, o diagnóstico é de gastrite crônica;
11 - Os antiácidos aliviam os sintomas, mas deve-se ficar atento às reações provocadas por seu uso, porque alguns podem aumentar a chance de formação de cálculos renais, por exemplo. Se tem gastrite, o melhor é seguir o tratamento estipulado pelo médico;
12 - O problema pode se transformar em úlcera. Nesse caso, o processo inicial de inflamação (gastrite), quando não tratado, torna-se mais intenso (denominado úlcera, que conta com feridas na parede do estômago);
13 - Os tratamentos mais modernos incluem medicamentos que inibem a produção de ácido gástrico e alterações de estilo de vida e dieta.