José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Inteligência Artificial começa a ser usada para identificar árvores da Amazônia

A iniciativa é destinada a empresas do setor florestal, a pesquisadores do universo científico e acadêmico, associações extrativistas e aos órgãos de fiscalização e controle ambiental

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Uma ferramenta de inteligência artificial, metodologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, denominada Netflora, está causando um grande avanço na identificação de árvores de interesse comercial, sobretudo as que tenham utilização  científica na indústria farmacêutica, em plena Amazônia. 

A invenção, de aplicação comprovada com altíssimo sucesso, reúne um conjunto de algorítmos treinados com inteligência artificial para localizar e reconhecer espécies florestais, usando como base características botânicas disponíveis em bancos de dados.

A iniciativa é destinada a empresas do setor florestal, a pesquisadores do universo científico e acadêmico, associações extrativistas  e aos órgãos de fiscalização e controle ambiental. O uso da inteligência artificial nesse caso, representa um enorme conquista e relevante avanço, pois vai elevar significativamente a precisão e eficiência dos planos de manejo, facilitando o reflorestamento de áreas degradadas, pondo as árvores de interesse nas mãos corretas de seus exploradores e reduzindo os custos de modo acentuado. 

Isso também ajudará a indústria farmacêutica alavancar seus estudos para produção de medicamentos a partir dessas árvores, com grande ganho e alívio para a saúde humana.

Técnicos da Embrapa explicam que uma vez treinado e especializado, o algoritmo também fornece métricas, como diâmetro e área de copa, que permitem estimar, por meio de equações alométricas (que relacionam formas e tamanhos), o volume de madeira de cada árvore encontrada.

As pesquisas da Embrapa para tornar possível o uso de IA no setor florestal começaram em 2015 e passaram por diversas fases de teste e experimento até chegarem ao ponto de uso, que ocorre agora.

Os técnicos da Embrapa relatam que espécies como castanheira, cumaru-ferro, açaí e cedro são reconhecidas com índices de acerto de 95%, o que reduz custos de produção e torna mais sustentável o manejo de florestas na Amazônia, graças ao grau elevado de acerto na localização de árvores de interesse científico e comercial no interior da floresta.

Estima-se que o custo de um levantamento tradicional de espécies, com equipes em campo, fique entre R$ 100 e R$ 140 por hectare de floresta mapeado. Na metodologia Netflora, o gasto é de R$4 a R$ 6 por hectare.

Outro aspecto relevante é que uma empresa florestal que utiliza o manejo tradicional consegue mapear até 10 mil hectares de floresta por ano. Com o uso de IA, o ganho em capacidade operacional pode saltar para até 1 milhão de hectares no mesmo período.

Isso, de fato constitui uma revolução. E também uma grande esperança de que a Inteligência Artificial possa gerar mais benefícios e conquistas para a humanidade, do que as tragédias que o seu mau uso, como se teme, possa causar.

SUDENE QUER MAIS MULHERES EMPREENDEDORAS EM TECNOLOGIAS

A SUDENE vem apostando no aperfeiçoamento e crescimento das mulheres nordestinas, no combate à disparidade de gênero no mercado de tecnologia e na geração de mais amplas possibilidades para mulheres empreendedoras. 

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste acaba de abrir novo edital do Inova Mulher para estimulá-las no mercado de tecnologias, valendo-se de dados do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups, indicando que apenas 17% desse segmento tem mulheres como fundadoras.

O edital está aberto para acolher inscrições até este 22 de abril.



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