Idosa de 97 anos se emociona ao receber diploma do ensino médio

A americana nunca abandonou seu sonho de se formar e relembra o quanto lamentou ter deixado a escola.

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A conclusão do ensino médio para muitas pessoas é algo tranquilo e completamente natural, mas para outros nem tanto. Só para termos uma noção, um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em setembro de 2018, mostrou que 52% dos adultos brasileiros, com idades entre 25 e 64 anos, não chegaram a atingir esse nível de formação.

De acordo com a organização, cujo a sede fica em Paris, na França, baixos níveis de escolaridade podem ser associados com maior desigualdade de renda. 

O Brasil, entre os 46 países que integraram o estudo, configura no segundo lugar de maior nível de desigualdade de renda. O país fica atrás apenas da Costa Rica.

No entanto, a desigualdade é apenas um dos fatores que levam as pessoas a deixaram a escola cedo demais. Como foi o caso de Margaret Thome Bekema, de 97 anos e que, em 1932, aos 17 anos, foi forçada a deixar os estudos de lado para cuidar de seus irmãos mais novos e de sua mãe, Katherine, que lutava contra um câncer na época.

A estadunidense cursava o "ensino fundamental no colégio Catholic Central High, no estado norte americano do Michigan". A escola, que foi fundada em 1906, é a mais antiga escola católica dos EUA. Porém, Margaret nunca conseguiu se formar como deveria e como tanto sonhava.

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Devido aos problemas que estava enfrentando em casa, Margaret precisava cuidar dos afazeres domésticos de sua casa, como lavar, passar e preparar as refeições para ela, seus irmãos e sua mãe doente. O pai da jovem na época, precisava trabalhar fora e não havia como ajudar.

A americana nunca abandonou seu sonho de se formar e relembra o quanto lamentou ter deixado a escola. "Eu tive que sair da escola para cuidar da família. Foi difícil, você não tem ideia do quanto isso foi difícil. Eu amava o ensino médio e tinha muitos amigos", disse Margaret.

Mas algo impressionante aconteceu. Margaret era para ter se formado junto da classe de 1936, e graças a um parente distante de Margaret, depois de mais de oitenta anos, a senhora, que agora está no auge de seus 97 anos, recebeu um diploma de honra do colégio em que estudava. Margaret não podia estar mais feliz e a única coisa que pode fazer foi agradecer. "Eu agradeço do fundo do meu coração", disse ela ao portal MLive. 

Segundo Gerri Smith, uma das filhas de Margaret, ela cuidou de sua avó Katerine até o dia de sua morte. E ainda informou que o sonho de sua mãe sempre foi se formar.

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A cerimônia para a entrega do diploma para Margaret aconteceu na escola em que ela estudava. O atual Diretor, Greg Deja, ficou emocionado de participar desse momento na vida da idosa. "Sua vida tem sido de sacrifício e serviço. Tem sido tão encorajadora e inspiradora para a nossa comunidade, porque suas escolhas representam todos os valores fundamentais que ensinamos aos nossos alunos", disse Greg.

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Ao receber as honrarias e colocar o capelo em sua cabeça, Margaret não conseguiu conter as lágrimas. Naquele momento, seu maior sonho estava sendo realizado. Com muito carinho, o diploma da americana é datado com o ano em que ela teria se formado originalmente.



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