Dez escolas desfilam hoje no Rio

8 das 10 escolas que hoje estão no Acesso já figuraram na elite do carnaval

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Quem acha que carnaval na Sapucaí só começa no domingo está enganado. Neste sábado (21), o Grupo de Acesso A antecipa a festa com um belo espetáculo. Não é à toa que o desfile é considerado uma espécie de prévia do Grupo Especial: 8 das 10 escolas que hoje estão no Acesso já figuraram na elite do carnaval.

É o caso da Estácio de Sá, que guarda a herança da escola-mãe de todas as agremiações: a extinta Deixa Falar. Com o enredo ?Que chita bacana?, a vermelha-e-branca quer unir leveza e grandiosidade para contar a história do tecido de cores alegres, que estampa cenas da história brasileira e mundial.

?A chita é a cara da nossa cultura, mas já deu muito pano pra manga na Índia e na Inglaterra antes de chegar ao Brasil?, explica o carnavalesco Cid Carvalho, em seu segundo ano na Estácio.

Como trunfo, Cid prepara uma abertura imponente: uma enorme alegoria em que uma serpente de 15 metros se transformará numa caravela. O leão, símbolo da escola, aparece em dois momentos: em motivos indianos no abre-alas e no quarto carro, que celebra o maracatu. O segundo leão é todo decorado com o tecido homenageado no desfile.

?É o Leão Coroado, um dos mais tradicionais maracatus do Recife. Mas as cores da chita não determinam as cores das nossas fantasias e alegorias. Tanto que esse segundo leão desfila num carro onde o branco predomina?, explica Cid Carvalho, que já trabalhou na Beija-Flor, Vila Isabel e na Mocidade Independente de Padre Miguel.

Do Grupo Especial vieram dois nomes de peso para comandar a Renascer de Jacarepaguá: os carnavalescos Paulo Barros e Paulo Menezes. A dupla assina o enredo ?Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?? com a responsabilidade de levar a escola, pela primeira vez, ao seleto time das grandes potências do samba. E a aposta não poderia ser outra: as alegorias humanas, como são conhecidos os carros elaborados por Barros.

?O enredo fala de como o homem utilizou o meio de transporte, via terra, céu ou mar, para construir sua história. E, no final, brincamos com a ideia de andar pela Marquês de Sapucaí viajando de alegoria rumo à vitória?, diz Barros, que se divide entre os barracões da Renascer e da Vila Isabel.

?Carnaval no Grupo de Acesso é instigante por causa das dificuldades?, comenta Paulo que, a exemplo da Vila, também repete na Renascer a experiência de fazer um desfile a quatro mãos. Choque de estilos? Não para a dupla de Paulos.

?Nós dois somos da mesma geração. Com o Paulo [Barros], eu me permiti trabalhar com novidades. Era muito preso ao barroco. Por exemplo: ele queria forrar um dos nossos carros com madeira, mas eu sugeri deixá-lo todo na estrutura de ferro?, comenta Paulo Menezes, que logo foi interpelado pelo outro Paulo: ?Acho que ganhei um concorrente no ano que vem?, diverte-se.



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