''Desde o início da pandemia, temos visto tantas tragédias! Primeiro, na China,depois na Itália e Espanha, no Equador e, agora, perto de nós que a rua me pareceu um lugar perigoso. O lar, que já era, para mim, um repositório de energias, tornou-se um universo de possibilidades. Tenho lido muito, sobretudo livros de possam me fazer ser alguém melhor. Atualmente, estou lendo “Comunicação não Violenta”, do Marshal Rosenberg. Vejo filmes ( muitos!), documentários, em, especial os que se referem à Natureza. Já tive minha fase culinária, como todo mundo. Mas é tão estranho, quando tantos estão passando fome, eu estar testando receitas... Como eu disse há muito o que fazer ! Me reconectei com minha casa, expandi as áreas verdes para o quarto, a cozinha, o escritório e até o banheiro. Faço mudas, planto, acompanho o crescimento delas. Aprendi a ter paciência para comprar na internet e esperar. Além de ter milhões de possibilidades, os preços são muito mais baixos. De tudo: da maquiagem ao papel de parede. Parece bobagem mas eu era uma consumidora imediatista. E isso mudou em mim. Apesar de continuar trabalhando, faço muita coisa de casa e considero que, mais do que um ato individual, cumprir as medidas restritivas o máximo que podemos, é um exercício de cidadania''.