Peritos coletam DNA do casal Nardoni

A realização do exame de DNA foi solicitada pelo advogado de defesa

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Peritos do IML (Instituto Médico Legal) realizam nesta sexta-feira a coleta de material genético do casal Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá --acusados de matar a filha dele, Isabella Nardoni, 5;- para que seja realizada a comprovação de que o sangue utilizado pela perícia para confrontar o encontrado em peças de roupa no apartamento onde o crime ocorreu é do casal.

A previsão é que a coleta do material --mucosa da parte interna da boca, fio de cabelo ou outro material compatível-- seja feito até o início da tarde de hoje. Segundo o advogado Roberto Podval, duas advogadas do escritório devem acompanhar o procedimento e já estavam no presídio do Tremembé (a 147 km de São Paulo), onde eles estão presos, por volta das 11h30. A coleta do material deve ser acompanhada ainda pelo promotor Francisco Cembranelli.

A realização do exame de DNA foi solicitada pelo advogado de defesa. À Folha Online o advogado do casal afirmou que o objetivo dos exames é comprovar se o sangue armazenado no IC é dos acusados, já que, segundo ele, não existe um documento que comprove que eles doaram as amostras no início das investigações.

Apesar de ter aceitado a realização do exame genético, o juiz Maurício Fossen determinou que o material coletado --mucosa da parte interna da boca, fio de cabelo ou outro material compatível-- seja examinado pelo IC (Instituto de Criminalística). A defesa queria que o material fosse analisado por peritos apontados por eles.

O advogado do casal não quis comentar o que muda no processo caso seja comprovado que o sangue armazenado no IC não seja do casal.

Para a acusação, porém, a realização do exame "não muda em nada" o processo, já que, segundo o promotor Francisco Cembranelli, a Promotoria nunca afirmou que o sangue encontrado no apartamento era do casal.

"Todo o sangue encontrado [no apartamento] era da Isabella. Nunca ninguém disse que era deles. Esse sangue que eles negam ter sido coletado só mostrou [durante as investigações] que a mancha encontrada em uma calça dela [da madrasta] era de Anna Carolina", disse o promotor à Folha Online.

Crime

A menina Isabella morreu no dia 29 de março de 2008, quando foi jogada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai e sua madrasta, na zona norte de São Paulo. O casal foi preso em maio daquele ano e permanece na prisão desde então.

Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram que o casal deve ser levado a júri popular pelo crime. O julgamento ainda não tem data definida, mas a expectativa da Justiça é que ocorra em 2010.



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