Presidente que afastou Ceni sugere melhor cobrador de pênalti

Na condição atual de simples torcedor, Paulo Amaral pediu um cobrador de pênalti melhor preparado psicologicamente para o momento

Avalie a matéria:
|

Conhecido como aquele que afastou Rogério Ceni, em 2001, Paulo Amaral nunca mais teve contato com o goleiro, nem falou publicamente sobre o assunto. Mais de dez anos depois de deixar o comando do São Paulo, o ex-presidente toma cuidado para não realimentar a polêmica, mas não se furta de, na condição atual de simples torcedor, pedir um cobrador de pênalti melhor preparado psicologicamente para o momento.

Ceni perdeu as últimas quatro penalidades que bateu, a mais recente delas nos minutos finais do empate por 0 a 0 com o Corinthians, no domingo. O resultado manteve a equipe próxima da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e reacendeu a discussão de quem é o melhor nome para o papel, tendo em conta que o meia Jadson também já errou uma cobrança na competição.

"Como batedor de pênalti, não (acho que ele deva continuar). Quando você erra três pênaltis e vai cobrar o quarto, realmente está sob pressão. Você não está à vontade. É importante ter autoconfiança. Ele não estava confiante. Falam que pênalti é o presidente do clube quem deve cobrar, tamanha a responsabilidade. É uma responsabilidade muito grande", opina Amaral, de volta ao cenário político para apoiar a ala de oposição a Juvenal Juvêncio.

Torcedores criam paródia e Rogério Ceni é o alvo das gozações

Quando foi afastado por quatro semanas pelo ex-mandatário, Ceni ainda não havia virado o jogador com maior número de atuações pelo São Paulo nem o principal goleiro-artilheiro da história. Anos antes de vencer a Copa Libertadores, ser campeão mundial e tricampeão brasileiro e se tornar um ídolo de fato, o jogador foi acusado de ter forjado proposta do Arsenal, da Inglaterra, a fim de obter aumento salarial - o que foi negado pelo camisa 1 e o motivou a pensar em sair.

O caso caiu no esquecimento. Assim como Amaral, que presidiu o clube até abril de 2002 e deixou de participar ativamente da política são-paulina por um longo período. Presente em evento do grupo liderado por Kalil Rocha Abdalla (pré-candidato da oposição para 2014), nesta terça-feira à noite, o ex-dirigente preferiu falar sobre a eleição, evitando a antiga polêmica, da qual se limitou a dizer que não se arrepende.

"Absolutamente, absolutamente. Não me arrependo de nada", frisou, antes de justificar o desinteresse pelo assunto. "Não quero reviver isso porque é um assunto doloroso, que envolve um atleta muito considerado no clube. Aquele episódio passou. Águas que passaram debaixo de uma ponte não voltam mais", explicou, sorrindo, o correligionário de Kalil e Marco Aurélio Cunha.

O último dirigente a se envolver em atrito com Ceni (que não saiu em 2001) foi Adalberto Baptista, ao questionar a qualidade de reposição de bola do atleta depois de lesionar o pé direito. Pouco tempo depois, pressionado por torcedores e outros membros da cúpula, ele entregou o cargo de diretor de futebol, voltando mais tarde na secundária e administrativa função de diretor secretário-geral.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES