Justiça revoga decisão e reintegra tenente à PM: “Nunca cometi crime”

O Desembargador Brandão de Carvalho concedeu uma decisão favorável sobre a tenente Ladynay dos Santos Costa, fazendo assim com que ela volte aos quadros da Polícia Militar do Piauí. A tenente foi acusada de furtar um cartão de crédito da major Elza Rodrigues Ferreira e acabou sendo demitida do quadro de oficiais da Polícia Militar do Piauí após o Tribunal de Justiça do Estado a declarar indigna para oficialato e determinar a perda do posto e da sua graduação. 

Após a decisão, a tenente falou pela primeira vez e com exclusividade sobre a expulsão e o crime que foi acusada. 

“Eu tenho um sentimento de justiça e retratação diante de alguns fatos que foram veiculados ao meu respeito. Foi publicado no dia 22 de fevereiro um decreto com uma decisão e essa decisão já estava anulada por uma decisão judicial. Isso foi tudo um equívoco. Eu sou mãe, mulher, muito sensível, policial militar com orgulho, em agosto completo 19 anos de corporação”, declarou.

Segundo ela, a acusação sobre o furto do cartão de crédito logo mais será esclarecida. “Essa acusação também está nesse processo e essa parte o advogado vai esclarecer porque isso é de 2009/2010, inclusive essa ação já foi vencida pela Justiça e ficou somente essa decisão que foi um procedimento administrativo, mas essa situação do crime em si já foi vencido. Nunca cometi nenhum crime, nunca fui de gabinete, sempre fui da rua, da tropa, gosto muito de trabalhar na parte operacional e sempre desenvolvi um trabalho com muito orgulho. Essa farda representa para mim tudo aquilo que eu plantei para conquistar, não foi fácil para mim, estudei muito, quis muito abraçar a minha profissão, então para mim estar de volta a minha casa no Dia da Mulher é minha maior gratidão a Deus”, disse.

“Não deixa de ser algo que machuca, que fere porque já está no processo, já foi tudo esclarecido, para mim de uma certa forma foi injusto ter esse peso desse julgamento, me pegou até de surpresa. Quem me acusou eu perdoo, todos que me perseguiram de forma velada ou não estão todos perdoados”, finalizou ela.

O advogado da tenente declarou que a decisão do Desembargador é imediata. “Na realidade a tenente nunca deveria nem ter saído e vai voltar assim que a PGE for notificada da decisão do desembargador que inclusive é pra cumprimento imediato”, afirmou.