O dólar comercial abriu nesta segunda-feira (10) dia em baixa de 3,41%, negociado a R$ 1,786 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira (7), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 1,849.
Os primeiros negócios no mercado de câmbio já sinalizavam que os investidores estão dispostos a derrubar o dólar para um patamar inferior a R$ 1,80. A queda é uma resposta ao anúncio, na noite deste domingo (9), de que União Europeia e FMI (Fundo Monetário Internacional) reuniram 750 bilhões de euros (equivalente a R$ 1,75 trilhões) para blindar o euro. O FMI também liberou 30 bilhões de euros (equivalente a R$ 69 bilhões) , dos 110 bilhões de euros (R$ 253 bilhões) que já haviam sido prometidos à Grécia.
A artilharia está surtindo os efeitos necessários não somente no Brasil. Os mercados europeus mostram euforia, com altas que ultrapassam 8% na Bolsa de Paris e 5% em Londres e na Alemanha. As Bolsas dos países onde os investidores mais temiam contágio - Portugal e Espanha - também apresentam alta. Mais cedo, a Bolsa de Madri registrava ganho superior a 11% e a de Lisboa ultrapassava 9%.
No entanto, os operadores ressaltam que o otimismo não encerra o assunto da Grécia e da Europa e seus efeitos no mercado. A tendência é que hoje o mercado financeiro tente repor as perdas registradas na semana passada. Hoje e nos próximos dias, ainda deve haver forte volatilidade, com investidores e analistas buscando os novos preços justos para os ativos.
No Brasil, o mercado doméstico de câmbio avalia como ficará a disposição dos investidores internacionais para o risco Brasil e quanto de dinheiro ainda virá para o País.