Indústria de produção de blocos nasce com boom da construção civil na cidade de Anísio de Abreu

Indústria de produção de blocos nasce com boom da construção civil na cidade de Anísio de Abreu

RELEMBRANDO A REPORTAGEM QUE PUBLIQUEI NO MEIO NORTE EM MARÇO: É importante dar uma relembrada porque há muita gente na cidade que não tomou conhecimento sobre a publicação.

Djalma Batista - Editor e repórter no Jornal Meio Norte

Por causa dos programas habitacionais do Governo Federal, dos recursos do Bolsa Família e dos investimentos de empresários de fora, a cidade de Anísio de Abreu, a 570 quilômetros de Teresina, vive um momento de ?vacas gordas?, principalmente na área da construção civil.

O setor cresceu tanto que estimulou a criação da primeira indústria ceramista, que já fabrica 250 mil blocos de 8 furos, em média, por mês. Tudo que é produzido sai imediatamente e, se triplicasse a produção, não ficaria um só bloco encalhado.

O negócio no sertão do Piauí, na região de São Raimundo, deu tão certo que os proprietários da fábrica já planejam adquirir um forno potente e moderno, apresentado pelo engenheiro cearense Paulo Dantas, que tem a capacidade para a queima de 50 mil blocos por dia.

Além do baixo custo de manutenção, o equipamento tem sintonia com requisitos ambientais por reduzir o combustível em até 75% e reciclar o calor gerado pela queima em até 80%. Em resumo, gasta menos tempo e menos lenha para queimar os blocos.

?A gente não dá conta de produzir para suprir a demanda. Por causa disso, muita gente ainda compra blocos das fábricas de Coronel José Dias. Se a gente produzisse mais seria bom para o consumidor, já que os nossos blocos saem 20% mais baratos que os de Coronel José Dias porque o gasto com transporte é mais baixo?, falou um dos donos da fábrica.

O setor da construção civil cresceu muito também em cidades vizinhas como Várzea Branca, São Braz do Piauí, Bonfim do Piauí e Caracol. Por esta razão, os proprietários da fábrica planejam alguns ajustes que incluem até a mudança para um terreno mais amplo afastado da área urbana. Isso, segundo Sandro, tem como objetivo ampliar a produção e atender os demais municípios e evitar que as emissões de fumaça incomodem a população.

?As cidades da região estão crescendo muito. Para podermos suprir toda a demanda por blocos, a capacidade da fábrica precisa ser triplicada. Os nossos blocos são usados nos conjuntos habitacionais que são feitos aqui e em cidades vizinhas, mas ainda vem muitos blocos de fora?, falou o dono da fábrica. Segundo o empresário, o empreendimento gera 20 empregos diretos e muitos indiretos.

Ele falou que os projetos de habitação no município foram fundamentais para a criação da fábrica que foi construída com recursos próprios. Ele disse que antes trabalhava com construção de casas e que a ideia de montar a indústria surgiu na época que o conjunto Ribeirão estava sendo construído. ?As obras pararam várias vezes por falta de blocos, então decidimos tocar a ideia pra frente e, apesar das dificuldades inciais, deu certo e estamos aí?, acrescentou.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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