A cada ano, entre 60 e 70 milhões de toneladas do fruto mais rico em carotenoides do mundo amadurecem no Brasil, mas só uma ínfima parcela é aproveitada por humanos. A informação está em "Frutas comestíveis na Amazônia", livro do botânico Paulo Bezerra Cavalcante, lançado em 2010.
A estimativa trata do buriti, fruto de uma palmeira abundante na Amazônia e no Cerrado, mas desprezado pela indústria alimentícia. As propriedades antioxidantes do buriti ajudam a prevenir câncer e outras doenças. Versátil, ele pode ser consumido in natura ou transformado em farinha, doces e pães.
Ainda assim, o fruto é uma das várias espécies alimentícias nativas do Brasil que têm perdido espaço em lares, restaurantes e mercados ao mesmo tempo em que a fome cresce e a comida encarece no país.
Muitas dessas espécies produzem frutos comestíveis. Outras são hortaliças que nascem espontaneamente em campos agrícolas e canteiros, mas são vistas como ervas "daninhas". Em comum, muitas delas são considerados superalimentos por terem grande quantidade de nutrientes - como minerais, vitaminas e antioxidantes.