Segundo o pesquisador Jochen Herms, o cérebro conta com um sistema de defesa próprio, formado pelas chamadas microglia — células responsáveis por eliminar danos e ameaças. No Alzheimer, porém, essas células passam a atacar fibras nervosas que ligam o bulbo olfativo, área que processa os cheiros, ao locus coeruleus, região que ajuda na percepção dos aromas.
Esse ataque ocorre porque os neurônios afetados exibem uma substância (fosfatidilserina) que sinaliza às microglia que devem ser eliminados, mesmo quando ainda estão saudáveis ou parcialmente funcionais. O resultado é a destruição precoce das conexões ligadas ao olfato — algo que pode ser percebido como uma redução na capacidade de sentir cheiros.