A creatina, um dos suplementos mais consumidos por praticantes de atividade física, voltou ao centro das atenções, desta vez por conta de um levantamento oficial da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O órgão avaliou 41 produtos de 29 marcas diferentes e revelou: apenas uma marca passou em todos os critérios de qualidade.
A Creatine Monohydrate - 100% Pure, da Atlhetica Nutrition, foi a única que atendeu a todos os padrões estabelecidos. As análises consideraram três aspectos: teor de creatina, adequação do rótulo e ausência de impurezas. Os potes analisados foram do tipo mais comum, com 300g, e cada produto foi testado em três amostras para garantir confiabilidade.
Erros frequentes e um caso grave
Apesar de não representarem risco direto à saúde, 40 dos 41 produtos apresentaram falhas na rotulagem, como tabela nutricional incompleta ou ausência de orientações sobre consumo. Esses erros são passíveis de correção e exigem adequações por parte das empresas.
Já um dos produtos avaliados apresentou falha mais grave: o teor de creatina abaixo do exigido pela regulamentação. A marca responsável por essa irregularidade ainda não foi divulgada, pois o processo administrativo segue em andamento. A Anvisa, até o momento, não atendeu aos pedidos da imprensa para revelar o nome da empresa.
Melhora no mercado e cuidados no consumo
A Anvisa destacou que os resultados representam uma melhora em relação a análises anteriores, feitas por entidades do setor, como a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri). Isso pode indicar um movimento de autorregulação no mercado, com empresas se ajustando às exigências após críticas públicas.
A creatina é utilizada principalmente por quem busca ganho de desempenho em treinos de força e explosão muscular. Em alguns casos, o suplemento também é indicado para idosos, com o objetivo de preservar a massa muscular. Embora a venda seja livre, o consumo ideal deve ser orientado por profissionais de saúde para evitar desperdício ou uso inadequado.