Os pesquisadores destacam que não é apenas o volume total de álcool que influencia o risco oncológico. Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com maior regularidade também apresentam risco elevado, mesmo sem episódios de consumo excessivo. O padrão observado é claro: quanto maior a ingestão e quanto mais frequente o hábito, maior a probabilidade de desenvolver a doença.
Fatores individuais interferem diretamente nesse impacto. Idade, sexo, tabagismo, histórico familiar, genética e condições de saúde preexistentes podem intensificar os efeitos nocivos do álcool. Grupos como idosos, pessoas com doenças crônicas e populações em situação socioeconômica mais vulnerável aparecem entre os mais afetados.
A revisão também aponta que o mesmo padrão de consumo não afeta todos da mesma forma. Indivíduos com obesidade, diabetes ou outras comorbidades tendem a apresentar risco maior. Quando o consumo de álcool é combinado ao tabagismo, as chances de câncer aumentam significativamente, com diferenças importantes entre homens e mulheres.