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Brasil confirma primeiro caso da nova variante mais letal da mpox

A paciente em São Paulo não viajou para áreas de surto, mas teve contato com uma pessoa vinda da República Democrática do Congo

Brasil confirma primeiro caso da nova variante mais letal da mpox, | Foto: Agência Brasil
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O Brasil confirmou, na última sexta-feira (7), o primeiro caso da nova cepa mais letal da mpox, chamada de Clado 1b. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente da Região Metropolitana de São Paulo. Ela passa bem e deve receber alta na próxima semana.

A paciente não viajou para regiões afetadas pela doença, mas recebeu pessoas da República Democrática do Congo (RDC), seu país de origem, recentemente. A vigilância sanitária investiga como o vírus chegou ao Brasil.

A nova variante tem causado um grande surto na RDC, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar emergência de saúde pública internacional em agosto de 2023. A cepa Clado 1b apresenta maior taxa de letalidade e, segundo pesquisadores, pode ser transmitida por contato sexual.

Propagação global

Além do Brasil, outros 13 países já registraram casos da nova variante da mpox fora do continente africano:

  • Reino Unido (9 casos)
  • China (7 casos)
  • Alemanha (7 casos)
  • Tailândia (4 casos)
  • Bélgica (2 casos)
  • Estados Unidos (2 casos)
  • Canadá, França, Índia, Omã, Paquistão, Suécia e Emirados Árabes Unidos (1 caso cada)

Apesar da gravidade da cepa Clado 1, até o momento, nenhuma morte foi registrada fora da África. A OMS alerta, porém, que a variante tem potencial para se espalhar globalmente.

O que é a mpox?

A mpox é uma zoonose causada pelo vírus MPXV, do gênero Orthopoxvirus. A transmissão ocorre por contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou objetos contaminados. A doença provoca sintomas como febre, gânglios inchados e erupções cutâneas que evoluem para úlceras.

Pessoas imunocomprometidas, crianças e gestantes têm maior risco de complicações, incluindo pneumonia e inflamações neurológicas.

Prevenção e tratamento

Não há tratamento específico para a mpox. A recomendação médica é controlar os sintomas, com possibilidade de uso de antivirais em casos graves. A principal forma de prevenção é evitar contato direto com lesões e praticar sexo seguro.

A OMS recomenda que pessoas infectadas cumpram isolamento até a cicatrização total das lesões, além de não compartilharem objetos pessoais.

Vacinação no Brasil

O Ministério da Saúde negocia a compra emergencial de 25 mil doses da vacina contra a mpox, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No entanto, a vacinação não será em larga escala, sendo restrita a grupos vulneráveis e contatos diretos de pessoas infectadas.

A OMS reforça a necessidade de monitoramento e resposta rápida para evitar uma nova emergência global, como a registrada em 2022.

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