O café é uma das bebidas mais consumidas do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 75% dos adultos o consomem diariamente,fazendo parte do início do dia ou dos momentos de pausa da população.
Uma pesquisa conduzida pela médica e pesquisadora da Escola de Medicina de Harvard, Trisha Pasricha, revelou que o consumo de café pode contribuir para uma vida mais longa. No entanto, esse consumo deve ser feito de forma consciente e o preparo é essencial nesse processo.
Já que o impacto do café sobre a saúde depende muito mais de como ele é preparado e do que se adiciona à xícara do que da cafeína em si.
CUIDADO COM O EXCESSO
Os benefícios do café, em caso de consumo em excesso, podem desaparecer. Evitar açúcares, cremes processados ou métodos de preparo inadequados são essenciais para que não haja prejuízo à saúde.
De acordo com Pasricha, o recomendado é adicionar, no máximo, uma colher de chá de açúcar e duas colheres de sopa de leite integral por xícara.
COMO FAZER?
A forma de preparo do café é determinante. Um estudo realizado na Noruega com meio milhão de adultos mostrou que aqueles que bebiam café filtrado — seja coado ou até solúvel — tinham menor risco de mortalidade.
Isso está ligado diterpenos, compostos naturais do café que elevam o colesterol LDL, conhecido como “mau colesterol”, presentes que passam pelos filtros metálicos e ficam retidos nos filtros de papel.
TEM HORA PARA TOMAR CAFÉ?
Até mesmo o horário em que se toma café é determinante. Isso porque uma análise demonstrou que mais de 40 mil americanos que tomavam a maior parte do café antes do meio-dia tinha 16% menos risco de morrer.
A explicação pode estar no impacto da cafeína sobre a melatonina, o hormônio que regula o sono. Beber café em horários tardios reduz sua produção em cerca de 30%, o que atrapalha o descanso e pode desregular o ritmo circadiano, afetando a inflamação e o sistema imunológico.