A farmacêutica Eli Lilly divulgou nesta quinta-feira (17) os resultados de um estudo de fase 3 sobre o orforglipron, um comprimido de uso diário para perda de peso e controle do diabetes tipo 2. A medicação pertence à mesma classe dos já conhecidos injetáveis Ozempic e Wegovy, os agonistas do GLP-1.
O orforglipron pode se tornar o primeiro medicamento oral dessa classe a receber aprovação oficial. A Eli Lilly pretende solicitar autorização para comercialização até o final de 2025, no caso do uso para controle de peso, e em 2026 para tratamento da diabetes tipo 2.
EMAGRECIMENTO COMPROVADO EM ESTUDO INTERNACIONAL
No ensaio clínico, que reuniu 559 pessoas com obesidade e diabetes tipo 2 em países como Estados Unidos, China, Índia, Japão e México, os resultados foram animadores.
Participantes que tomaram a dose diária de 36 mg perderam, em média, 7,3 kg ao longo de 40 semanas. Além da redução de peso, muitos também apresentaram melhora significativa nos níveis de açúcar no sangue, em alguns casos ficando abaixo do limite para o diagnóstico de diabetes.
REDUÇÃO DE AÇÚCAR NO SANGUE E PERDA DE PESO
O estudo mostrou que diferentes dosagens trouxeram benefícios variados:
- Comprimidos de 3 mg, 12 mg ou 36 mg reduziram o açúcar no sangue entre 1,2% e 1,5%.
- A perda de peso foi de 4,5% com a dose de 3 mg, 5,8% com 12 mg e 7,6% com 36 mg.
Esses resultados reforçam o potencial do comprimido como uma alternativa prática e eficaz aos medicamentos injetáveis já disponíveis no mercado.
EFEITOS COLATERAIS FORAM SEMELHANTES AOS INJETÁVEIS
A Eli Lilly informou que os efeitos adversos mais comuns observados durante o estudo foram semelhantes aos já relatados por usuários de medicamentos injetáveis da mesma classe: náusea, vômito, diarreia, constipação e indigestão.
Apesar disso, os dados obtidos fortalecem a expectativa de que o orforglipron se torne uma opção viável, acessível e menos invasiva para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2.