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Descubra como o álcool prejudica o seu cérebro - A primeira embriaguez involuntária

Poucas pessoas sabem sobre as consequências crônicas do álcool, que respondem ao efeito neurotóxico da bebida no cérebro - A primeira embriaguez involuntária

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A primeira embriaguez involuntária

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Mas os danos cerebrais associados ao consumo de álcool podem começar muito antes da adolescência — até mesmo antes do nascimento. Consumi-lo durante a gravidez é a causa de distúrbios do espectro da síndrome alcoólica fetal, um problema do desenvolvimento neurológico completamente evitável.

Não há ingestão segura de álcool durante a gravidez. O consumo de bebidas alcoólicas durante os nove meses está ligado a distúrbios do sistema nervoso central, como circunferência diminuída da cabeça, anormalidades cerebrais estruturais e déficits neuropsicológicos.

Tudo isso afetará o desenvolvimento da capacidade intelectual, o funcionamento cognitivo e a autorregulação do comportamento.

Entre os grupos especialmente vulneráveis que requerem atenção especial estão as crianças provenientes de adoções internacionais, especialmente quando elas vêm países com alto consumo de álcool.

Um estudo recente indica que até 50% delas atendem aos critérios diagnósticos para o transtorno. E um em cada cinco afetados apresenta a forma mais grave: a síndrome alcoólica fetal.

É preciso conscientizar toda a população sobre os riscos para o feto e apoiar as gestantes que decidem parar de consumir álcool. E não se esqueça de detectar e intervir precocemente para garantir o adequado desenvolvimento acadêmico, psicológico e social de todas essas crianças.

Resumindo: seja qual for a sua idade, se você quer cuidar da saúde do seu cérebro, quanto menos álcool, melhor.

*Montserrat Corral Varela é professora de neuropsicologia da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha.

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