Sabe aquela rouquidão que não desaparece, pigarro constante, dor contínua na garganta ou a sensação de algo preso na região da garganta? Podem ser sinais de alerta para o câncer de laringe, um tipo de tumor que, apesar de representar cerca de 2% dos casos no Brasil, afeta diretamente as pregas vocais e pode comprometer funções essenciais como falar, engolir e respirar.
Segundo médicos otorrinolaringologistas, alterações vocais persistentes são um dos primeiros indícios da doença e não devem ser ignoradas. Ainda assim, a maioria dos diagnósticos no país ocorre em estágio avançado, o que reduz as chances de cura e exige tratamentos mais agressivos.
Entre os principais fatores que podem desencadear câncer de laringe são o tabagismo e o etilismo, ou seja, o consumo excessivo de álcool e tabaco. O tabagismo é o principal fator de risco, com fumantes tendo uma chance significativamente maior de desenvolver a doença. Além disso, outros fatores como idade avançada, exposição a agentes tóxicos no ambiente de trabalho, e infecção pelo HPV também podem contribuir para o desenvolvimento
Quando procurar um especialista?
É recomendável procurar um médico se a rouquidão durar mais de duas semanas. Outros sintomas que devem ser investigados incluem dor ao engolir, nódulos no pescoço, desconforto na garganta associado a dor de ouvido e qualquer alteração na voz sem causa aparente.
Diagnóstico é rápido e indolor
O exame mais comum para avaliação da laringe é a videolaringoscopia, um procedimento simples, indolor e realizado no próprio consultório do otorrino. Por meio dele, é possível visualizar detalhadamente as pregas vocais e identificar lesões suspeitas.
O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, que pode ser menos invasivo quando feito nas fases iniciais. Por isso, a orientação é clara: qualquer alteração vocal persistente merece atenção imediata