Morre filho de Georgina e CR7: entenda riscos no parto e gestação de gêmeos
- Quais são os riscos no parto?
Profissionais explicam principais complicações em gestações do tipo e diferenciais na hora do parto e no cuidado pré-natal
- Quais são os riscos no parto?
Um estudo sobre gestações gemelares ocorridas no Reino Unido entre 1994 a 2003 mostrou que, num parto normal, gêmeos que nasceram em segundo lugar tiveram um risco morte quatro vezes maior do que os primeiros gêmeos devido à anóxia neonatal, uma complicação que deixa o bebê sem oxigenação.
A ginecologista Fabia Vilarino explica que isso ocorre principalmente em gestações monocoriônicas (quando há o compartilhamento da mesma placenta) porque o corpo “entende” que a placenta precisa sair juntamente com o primeiro bebê, pois um nascimento está acontecendo. O problema é que esse deslocamento da placenta diminui justamente a oxigenação do segundo bebê.
“O segundo gêmeo sempre tem um risco maior. Por isso ele deve nascer logo”, diz.
Apesar disso, não há indicação na literatura médica sobre a via de parto em caso de gestações de gêmeos, ou seja, se o procedimento deve ser um parto normal ou uma cesariana.
Para a médica, estabelecer esse protocolo rígido é algo difícil, pois toda decisão obstétrica do tipo envolve não só a saúde da mãe e o risco dos bebês.
“Se os bebês forem saudáveis, se a mãe estiver saudável, se o trabalho de parto estiver acontecendo adequadamente e os bebês estiverem de cabecinha para baixo [cefálicos], não há nenhuma indicação de cessaria. É um parto de baixíssimo risco de complicação", explica Vilarino.