Popularmente conhecido como déjà vu, é um fenômeno que se caracteriza como a sensação de ter passado por uma situação exatamente igual no passado e costuma surgir de forma repentina.
O momento de repetição pode parecer familiar, mas, ao mesmo tempo, não há uma lembrança clara de quando teria ocorrido.
Embora seja popularmente associado ao mistério, o déjà vu tem sido cada vez mais estudado pela neurologia e pela psicologia. Pesquisadores buscam entender por que o cérebro produz essa sensação de repetição e quais mecanismos estão envolvidos na percepção de familiaridade. Em geral, trata-se de um evento breve, que não dura mais do que alguns instantes e, na maior parte dos casos, não está ligado a doenças graves.
A CIÊNCIA EXPLICA
Pesquisadores explicam que o fenômeno do déjà vu é um tipo de “erro” ou curto-circuito na forma como o cérebro processa memórias e sensações de familiaridade.
Assim, em vez de registrar um fato novo, o sistema de memória rotula a experiência como se fosse algo já armazenado. É isso que produz o sentimento de repetição, mesmo sem lembrança concreta.
FATORES DO FENÔMENO
Pesquisas apontam que o dejavú pode ocorrer por alguns fatores que geram gatilhos como:
Cansaço e privação de sono: noites mal dormidas podem deixar o processamento de informações mais lento e desorganizado, facilitando deslizes na percepção de novidade e familiaridade.
Ambientes parecidos com memórias antigas: um lugar novo que lembra vagamente outro já visitado pode ativar lembranças difusas e trazer a sensação de repetição.
Estresse e excesso de estímulos: períodos de muita pressão, com grande volume de informações, podem sobrecarregar o sistema de memória, aumentando a chance de falsos reconhecimentos.
Foco dividido: quando a atenção está fragmentada entre várias tarefas, o cérebro pode registrar parcialmente uma cena e, segundos depois, reconhecê-la como se fosse uma lembrança.
Déjà vu: qual é a explicação neurológica por trás da sensação?
A sensação de déjà vu envolve principalmente áreas do cérebro relacionadas à memória, como o hipocampo e o lobo temporal, regiões que ajudam a diferenciar o que é lembrança do que está sendo vivido pela primeira vez.
Quando há uma pequena dessincronização nesse sistema, o cérebro pode registrar uma experiência atual como se fosse uma velha recordação. Se discute a hipótese que o fenômeno é gerado por uma “falha de sincronização”. Nela, a informação sensorial que chega ao cérebro (imagens, sons, cheiros) é processada em caminhos ligeiramente diferentes. Se uma parte do sistema de memória recebe o estímulo alguns milissegundos antes da outra, o segundo processamento pode ser interpretado como algo já visto.
Uma outra teoria é a de que acontece um “falso reconhecimento”. O cérebro compara experiências atuais com memórias passadas para identificar padrões semelhantes. Em algumas circunstâncias, essa comparação gera um “alarme” de familiaridade sem que exista um evento específico no passado.