Nos primeiros meses de 2025, psicólogos, pediatras e educadores começaram a emitir um alerta que ganhou força dentro das famílias brasileiras: o aumento expressivo de casos de crianças muito pequenas, entre 5 e 7 anos, apresentando sintomas graves em decorrência do uso descontrolado de telas. Em situações extremas, houve necessidade de internação e acompanhamento psiquiátrico. O problema já tem nome: esgotamento digital infantil.
🔍 Como esse esgotamento surge?
A exposição diária e prolongada a celulares e tablets interfere diretamente no bem-estar emocional e no desenvolvimento infantil. Profissionais da área têm observado um conjunto de sinais cada vez mais frequentes, como:
• Vício em telas – alterações de humor, nervosismo e tristeza quando o aparelho é retirado.
• Comprometimento do desenvolvimento – atrasos na fala, dificuldades motoras e perda de habilidades cognitivas.
• Comportamentos desajustados – impulsividade, agressividade, falta de foco e desinteresse por atividades lúdicas.
• Cansaço emocional – sensação de exaustão provocada pelo bombardeio contínuo de estímulos digitais.
• Problemas de sono – dificuldades para dormir e irritabilidade ao acordar.
• Nomofobia – ansiedade intensa ao ficar sem o celular.
📚 O que orientam os órgãos de saúde?
Segundo diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria:
✔ Bebês até 2 anos não devem ter contato com telas.
✔ De 2 a 5 anos, o limite recomendado é de 1 hora diária, sempre com supervisão.
✔ A partir dos 6 anos, o ideal é manter o uso entre 1 e 2 horas por dia, com acompanhamento dos responsáveis.
🌿 Alternativas saudáveis ao tempo de tela
O fortalecimento dos vínculos familiares e a criação de um ambiente estimulante fora do digital são caminhos fundamentais. Entre as atividades recomendadas estão:
• Brincadeiras ao ar livre
• Pintura, desenho, massinha e jogos de tabuleiro
• Leitura e contação de histórias
• Participação em atividades simples da rotina, como cozinhar ou organizar a casa juntos