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Você toma? Bebida queridinha do brasileiro pode aumentar em 5 vezes risco de infarto

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados de mais de 200.000 adultos, com idades entre 37 e 73 anos

Pesquisadores analisaram dados de mais de 200.000 adultos, com idades entre 37 e 73 anos | Foto: Reprodução
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Um estudo recente identificou uma ligação entre o consumo de bebidas adoçadas e um maior risco de fibrilação atrial — uma arritmia cardíaca caracterizada por batimentos irregulares e acelerados, que pode comprometer a circulação sanguínea. A pesquisa foi publicada na revista Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology e analisou dados de mais de 200 mil adultos, com idades entre 37 e 73 anos, participantes do UK Biobank, um extenso banco de dados de saúde do Reino Unido.

QUAL BEBIDA COMUM AUMENTA RISCO DE DOENÇA CARDÍACA?

Os resultados mostraram que pessoas que consumiam mais de dois litros por semana de bebidas adoçadas artificialmente, como refrigerantes diet, apresentaram um risco 20% maior de desenvolver fibrilação atrial. Já entre os que consumiam a mesma quantidade de bebidas com açúcar natural, como refrigerantes comuns, o risco aumentava em 10%. Os autores do estudo ainda destacaram que esse tipo de padrão alimentar pode multiplicar por cinco o risco de infarto.

Em contrapartida, o consumo moderado de suco 100% natural, sem adição de açúcar — até um litro por semana — foi associado a uma redução de 8% no risco dessa arritmia cardíaca.

RECOMENDAÇÕES DOS CIENTISTAS

Ningjian Wang, pesquisador do Hospital Shanghai Ninth People’s e principal autor do estudo, recomendou a redução ou até a eliminação do consumo de bebidas adoçadas artificialmente e com açúcar. Ele sugeriu algumas possíveis explicações para a relação entre essas bebidas e o risco de fibrilação atrial, como a resistência à insulina e as reações do corpo aos diferentes tipos de adoçantes.

“Não considere que o consumo de bebidas adoçadas artificialmente com baixo teor de açúcar e calorias é saudável. Isso pode representar possíveis riscos à saúde”, alertou o pesquisador. Segundo Penny Kris-Etherton, que participou do estudo, “a água é a melhor opção. E, com base nesse estudo, as bebidas adoçadas sem ou com baixas calorias devem ser limitadas ou evitadas.”

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