SEÇÕES

Fortaleza: polícia desarticula rede de internet clandestina de facção com 19 prisões

Os presos vão responder por diversos crimes, incluindo participação em organização criminosa, extorsão, danos materiais e interrupção de serviço essencial

Material que estava em poder das facções foi apreendido pela Polícia do Ceará | Foto: Divulgação/SSPDS
Siga-nos no

Dezenove pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) no Ceará por envolvimento em ataques a provedores de internet e pela operação de empresas clandestinas de internet. Segundo as autoridades, os detidos são responsáveis por provedores ilegais que tentam dominar o fornecimento do serviço em bairros periféricos de Fortaleza e de outras cidades do estado.

As prisões fazem parte de uma ação de combate a uma rede criminosa que busca monopolizar a internet em determinadas regiões, agindo de forma violenta contra empresas concorrentes. Os criminosos tentam impor seu controle com práticas ilegais e intimidação.

Os presos vão responder por diversos crimes, incluindo participação em organização criminosa, extorsão, danos materiais e interrupção de serviço essencial, conforme informou a Polícia Civil.

comunidades sem internet

Nos meses de fevereiro e março deste ano, diversas cidades do Ceará sofreram com a falta de acesso à internet devido a ataques contra provedores. A facção criminosa Comando Vermelho foi apontada como a principal responsável pelos atos.

Desde 22 de fevereiro, pelo menos oito ataques foram registrados, incluindo o corte de cabos de internet, incêndio de veículos e disparos de arma de fogo contra sedes de empresas. Os casos ocorreram em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante.

Nem as empresas atingidas nem a Secretaria da Segurança Pública divulgaram o número exato de pessoas afetadas pelas interrupções nos serviços de internet.

De acordo com o delegado Alisson Gomes, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, o objetivo dos ataques era extorquir os provedores. Os criminosos exigiam uma parte do valor pago pelos clientes como forma de “pedágio” para manter o funcionamento das empresas.

Com medo dos ataques, alguns provedores chegaram a suspender as atividades em determinadas regiões. As ações violentas das facções incluíam não apenas sabotagem à infraestrutura, mas também ameaças diretas contra funcionários e bens das empresas.

Leia Mais
Tópicos
Carregue mais
Veja Também