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Chefe do PCC no Ceará é solto de presídio e Justiça emite novo mandado de prisão horas depois

Márcio Perdigão praticava crimes desde 2008, desde assaltos a bancos e tráfico de drogas.

Francisco Márcio Teixeira Perdigão, o Márcio Perdigão | Foto: Reprodução
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Francisco Márcio Teixeira Perdigão, o Márcio Perdigão, foi solto e deixou, na manhã desta sexta-feira (19), o presídio de segurança máxima onde estava preso em Aquiraz (CE). Horas depois, porém, a Justiça do Ceará emitiu um novo mandado de prisão contra o acusado, que agora é considerado foragido.

QUEM É MÁRCIO PERDIGÃO?

Márcio Perdigão praticava crimes desde 2008, desde assaltos a bancos e tráfico de drogas. Antes da prisão, era considerado "geral do estado", uma espécie de chefia vinculada à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi condenado em novembro de 2019 a 123 anos de prisão por envolvimento em diversos crimes. 

LIBERDADE NA SEXTA-FEIRA

A soltura de Márcio Perdigão ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder habeas corpus à defesa, que alegou a obtenção ilegal das principais provas da condenação, já que policiais acessaram o celular de um investigado sem autorização judicial. O STJ reconheceu a ilegalidade, mas não absolveu Márcio.

Francisco Márcio Teixeira Perdigão, o Márcio Perdigão | FOTO: Reprodução

Com a decisão, a Corte anulou a sentença condenatória, determinou a retirada das provas obtidas do celular e das que delas derivaram, e ordenou que o processo retornasse à primeira instância, no Ceará, para a elaboração de uma nova sentença.

Diante da cassação da condenação, a Vara de Execução Penal entendeu que não havia mais fundamento para manter Márcio preso e autorizou sua soltura. No entanto, pouco depois, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Fortaleza expediu um novo mandado de prisão, determinando o retorno dele à prisão preventiva enquanto aguarda nova decisão judicial.

Márcio Perdigão foi condenado em 2019 no âmbito da Operação Saratoga, deflagrada em 2017 pelo Ministério Público contra um grupo investigado por tráfico de drogas, organização criminosa e homicídios no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. As investigações também apontaram o pagamento de propina a policiais e a participação de Márcio em um motim no sistema prisional, processo que acabou sendo extinto.

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