O lutador de MMA e motorista de aplicativo Edílson Florêncio da Conceição, 48, preso e condenado por estuprar uma mulher na saída de uma festa pré-carnaval em Fortaleza em janeiro de 2025, foi solto pela Justiça do Ceará nesta segunda-feira (9), apenas cinco dias após a sentença.
Segundo a juíza, ele deve cumprir o resto da pena em regime semiaberto, e aguardar o desfecho de possíveis recursos em liberdade devido aos "bons antecedentes e ao bom comportamento" e por ser réu primário. Edílson foi condenado a 8 anos e dois meses de detenção no último dia 5 de junho, mas já estava preso desde janeiro. Ele ficou 4 meses e 12 dias detido, segundo o alvará de soltura.
Condenação
O homem pegou 8 anos por estupro de vulnerável, pois a vítima estava alcoolizada, e dois meses por resistir à prisão, quando foi capturado em flagrante por policiais. Entretanto, o relaxamento da prisão foi emitido na última sexta-feira (6), e executado nesta segunda.
A informação da soltura do condenado foi divulgada pela vítima, a empresária Renata Coan Cudh, que mostrou o rosto e falou sobre sua história pela primeira nas redes sociais na noite desta segunda.
O advogado Luiz Nogueira, que representa Renata, informou que eles vão entrar com recursos na justiça para tentar reverter a decisão em uma possível apelação de 2º grau. Conforme a defesa, eles aguardam a atuação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), autor do processo contra Edílson.
'ESTRANGULADA ATÉ QUASE A MORTE'
Em vídeo, a vítima relembra parte dos momentos de violência que sofreu. Ela foi sequestrada pelo condenado, que trabalhava como motorista de aplicativo, violentada e "estrangulada até quase a morte em um matagal".
Segundo Renata, "foi Deus que enviou três policiais que já estavam indo embora no final do turno e que me salvaram e prenderam um homem flagrante".
O CRIME
Edílson Florêncio foi preso em flagrante por policiais militares que passavam por uma região de matagal e suspeitaram de um veículo estacionado, no bairro Edson Queiroz, por volta de 1h da madrugada do dia 19 de janeiro. Ele havia acabado de estuprar Renata, que saiu de um bloco e chamou um carro por aplicativo para retornar para sua casa.
Segundo a vítima, o criminoso a enforcou e a ameaçou de matá-la. Ela disse que tentou reagir, mas viu que não ia ter forças e pediu para que o homem não a matasse, durante o estupro. As agressões foram confirmadas no laudo de Constatação de Crime Sexual, da Perícia Forense do Ceará (Pefoce).