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Operação contra grupo acusado de lavar dinheiro para facções cumpre 76 ordens judiciais em Teresina

Ação policial mira grupo ligado a investigação do ano passado, quando a polícia apontou conexões com esquema que citava Alandilson Cardoso

Operação policial cumpre mandados contra organização criminosa no Piauí | Reprodução | TV Meio

Uma operação integrada entre as polícias Civil e Militar do Piauí cumpre 76 ordens judiciais na capital piauiense e em outras localidades nesta quinta-feira (31). A ação tem como alvo uma célula criminosa que já havia aparecido em investigação deflagrada no ano passado, quando a polícia identificou ligações com um esquema que citava Alandilson Cardoso, preso desde novembro de 2024 em Minas Gerais.

Entre as ordens judiciais estão 28 mandados de prisão e nove de interdição de estabelecimentos. Até o momento, 12 pessoas foram presas. Segundo as autoridades, a ação policial busca atingir integrantes da organização, apreender bens e interromper a movimentação financeira ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.

Apreensões e prisões

Durante a operação, policiais estiveram em um condomínio de luxo na Zona Leste de Teresina, onde apreenderam um BMW branco, armas de fogo, pistolas e drogas. No local, uma mulher foi presa. Pelo menos quatro pessoas foram levadas para a sede da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Denarc). O principal alvo da operação ainda não foi localizado.

Equipes também cumpriram mandados em empresas suspeitas de lavar dinheiro para o grupo. Entre elas está uma revendedora de veículos na Zona Sul da capital. O proprietário, que já tinha mandado de prisão em aberto por feminicídio, foi preso na Avenida Barão de Gurgueia. Segundo a polícia, ele é acusado de matar a esposa há cerca de dois anos. Mais de 50 automóveis da loja serão apreendidos.

Ligação com investigações anteriores

As autoridades explicam que a célula criminosa desarticulada nesta quinta-feira foi identificada a partir de informações colhidas em outra operação realizada no ano passado. Na época, um organograma elaborado pela polícia apontava nomes ligados a Alandilson Cardoso. As investigações mais recentes, no entanto, revelaram a existência de novos integrantes e ramificações do esquema.

Envolvimento com vereadora presa

Alandilson é companheiro da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa desde abril sob acusação de corrupção eleitoral e organização criminosa. Ela foi detida durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que apura o uso de recursos ilícitos na campanha que a elegeu em 2024.

Mesmo detida no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, Tatiana manteve contato com Alandilson por chamadas de vídeo, segundo a Polícia Federal (PF). Imagens dessas ligações foram obtidas a partir de um celular apreendido com a parlamentar.

A PF também apontou que, nesse período, Tatiana fez compras de mais de R$ 500 em um supermercado de Teresina e pesquisou passagens aéreas de Belo Horizonte para Teresina. Além disso, trocou mensagens e realizou chamadas com advogados para tratar de documentos destinados à Câmara Municipal.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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