Após queixas de candidatos Tribunal de Justiça anula concurso para estagiários

As provas foram realizadas, no último domingo, 16, em Salvador e em mais sete municípios.

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No final da tarde desta segunda-feira, 18, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) anulou o concurso para seleção de estagiários. A decisão ocorreu após mobilização de candidatos e fiscais que registraram queixas nas delegacias territoriais dos bairros da Boca do Rio (9ª DT) e Barris (1ª DT).

As provas foram realizadas, no último domingo, 16, em Salvador e em mais sete municípios. Por nota, a assessoria do TJ informou que "os estudantes inscritos terão participação garantida na próxima seleção, sem ônus, em data a ser anunciada".


Um grupo de fiscais registrou queixa na 9ª DT por falta de pagamento. Após o fim da avaliação, eles teriam ouvido da diretora executiva da Metrópole Soluções Empresariais - empresa contratada pelo TJ-BA -,  Fábia Marques Braga, vários motivos para justificar o não pagamento.

"Ela disse que o veículo que transportava o dinheiro foi assaltado, depois que um funcionário de prenome Jorge tinha sido sequestrado e estava preso em uma escola", disse Ariane Viana de Souza, 33, que atua como fiscal há 5 anos.

Ainda segundo um fiscal que optou pelo anonimato, a diretora da Metrópole teria dito que tinha a quantia de R$ 5 mil e só poderia pagar R$ 50 para cada contratado. "Mas o dinheiro não deu para pagar todo mundo e cerca de 30 pessoas não receberam".

Após contato com a sede da empresa em Brasília, a reportagem foi orientada a obter informações com a diretora executiva que não atendeu as ligações até o fechamento desta edição.

"Na reunião antes da prova ela (Fábia) falou sobre amor, caridade, tirou o sapato, subiu na cadeira, mas não deu orientação sobre os procedimentos que a gente deveria adotar durante o exame, como acontece em todo concurso. Só havia um fiscal por sala, não tinha nenhum no corredor e a gente não recebeu atestado de comparecimento. Quando os alunos foram chegando, ela tirou xerox das provas", contou Ariene.

Investigação

Na 1ª DT, um inquérito deve ser instaurado. Segundo o delegado plantonista Artur Ferreira dos Santos, os candidatos que não conseguiram fazer a prova serão ouvidos na próxima semana.

O TJ-BA também informou que está "apurando possíveis irregularidades cometidas pela Metrópole, empresa vencedora do processo licitatório. As medidas legais cabíveis serão adotadas com a brevidade necessária".

Já na 9ª DT, onde os fiscais registraram queixa, o caso ainda será analisado, segundo a delegada titular Rogéria Araújo, pela delegada Isaltina Faustina dos Santos, plantonista da unidade. "Ainda será verificado se houve crime no ocorrido", disse a titular.



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