16,5 mil pessoas tomaram doses trocadas da vacina contra a Covid

16 mil pessoas tiveram registro de primeira dose com a vacina da Oxford/AstraZeneca e da segunda dose da Coronavac, ou vice-versa

Vacina | Sérgio Lima/Poder360
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Dados do sistema de informações do Ministério da Saúde, o Datasus, levantados pelo jornal Folha de S.Paulo, mostram que pelo menos  16,5 mil pessoas foram vacinadas com doses trocadas de vacinas contra a Covid-19 em todo o Brasil.

A reportagem mostra que as mais de 16 mil pessoas tiveram registro de primeira dose com a vacina da Oxford/AstraZeneca e da segunda dose da Coronavac, ou vice-versa.

Os dados mostram que 14.791 pessoas iniciaram a imunização com esta primeira, e receberam uma segunda dose da Coronavac. Para outras 1.735 pessoas a trajetória foi o contrário.

Pessoas tomaram doses trocadas da vacina (Foto: Sérgio Lima/Poder360 )

Ainda de acordo com o jornal, a troca aconteceu em praticamente todo o país, com exceção dos estados do Acre e do Rio Grande do Norte.

O levantamento levou em conta todos os vacinados no primeiro mês de vacinação, entre 17 de janeiro e 17 de fevereiro, que retornaram para a segunda dose até 8 de abril. No total, foram 3,5 milhões de pessoas. A maior parte das trocas ocorreu em profissionais de saúde.

Segundo a imunologista Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e membro dos comitês científico e clínico da Sociedade Brasileira de Imunologia, ouvida pela reportagem, “quem tomou uma dose de um fabricante e outra dose de outro, não tomou nenhuma dose completa da vacina”.

Os dois imunizantes, que são os únicos disponíveis no Brasil, possuem intervalos diferentes de aplicação, sendo o da Coronavac de até 28 dias e da Oxford/AstraZeneca, três meses, de acordo com a Fiocruz. Além disso, as duas vacinas foram desenvolvidas com tecnologias distintas.

Em nota à Folha, o Ministério da Saúde disse que foi notificado sobre 481 ocorrências de aplicação de doses distintas de diferentes vacinas. “A pasta esclarece que cabe aos estados e municípios o acompanhamento e monitoramento de possíveis eventos adversos a essas pessoas por, no mínimo, 30 dias”.



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