Livros e a leitura sempre foram sinônimos de progresso e independência e foi por isso que, no século XIX, eles se tornaram a fonte de todos os tipos de problemas médicos para poder manter as mulheres onde elas "deveriam ficar".
Apesar de nunca ter existido uma doença específica para o que a leitura causava, os profissionais médicos e defensores da educação masculina escreveram que a mulher que passava muito tempo com o nariz em um livro poderia desenvolver "pensamentos inadequados". Também foram atribuídos danos cerebrais e oculares, degeneração do sistema nervoso, depravação feminina, decadência moral e até morte prematura.
Além disso, os médicos foram pontuais e cruéis ao sugerirem que todo o esforço colocado para ler um livro poderia afetar o sistema reprodutivo, que teria que fazer uma força sobre-humana para se manter saudável e fértil com tanta energia sendo perdida do corpo da mulher. Ler livros sobre mistério, por exemplo, acarretaria um subdesenvolvimento dos ovários.