Brasileira diz o que fez para ser aceita em Harvard após receber recusa

A ideia de Larissa é retornar ao país quando a graduação terminar: “Quero voltar para o Brasil, contribuir com o desenvolvimento do próximo”, afirmou.

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 Ela tem 20 anos, estuda economia na prestigiada Universidade de Harvard e já exibe um currículo invejável a qualquer estudante.

Além de inteligente e esforçada, a alagoana Larissa Maranhão também é persistente: recusada na instituição norte-americana na sua primeira tentativa, ela insistiu até passar.

Larissa é hoje um dos 13 estudantes brasileiros de graduação em Harvard -- e a única brasileira do Nordeste.

A rotina é puxada – dizem que o aluno tem que estudar três horas para cada uma das horas de aula – e a garota tem ainda algumas outros compromissos.

"Aqui, as atividades extracurriculares são quase tão importante como o curso em si", conta a garota que se mudou há um ano e meio para Cambridge, nos Estados Unidos.

Além de estudar, ela co-preside a Associação Brasileira de Harvard -- lá, as instituições nunca têm um só líder, e ela divide o posto com Tábata Amaral – e integra um grupo de consultoria a startups.

Tamb&eacu
te;m foi selecionada como líder de torcida da universidade. De agosto a dezembro, ela anima as temporadas do futebol americano. De janeiro a junho, é a vez do basquete. "Na verdade eu queria remar, mas água era muito fria", confessa a alagoana. "Como gosto de dança e de esporte de força, a torcida é algo diferente, em que você participa, faz acrobacia, pula."

 Persistência

No início de 2012, Larissa tentou pela primeira entrar em Harvard, mas não conseguiu. "Eu me atrapalhei no primeiro ano e não fiz um trabalho tão bom", explica.

Então, ela resolveu usar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e conseguiu uma vaga em economia na UFRJ (Universidade Federa do Rio de Janeiro). A temporada fluminense não durou muito: ela se desanimou diante da longa greve de professores e funcionários naquele ano.

Resolveu passar um mês e meio na Índia, engajada em um projeto de ensino de inglês em comunidades pobres como voluntária. Na volta, refez algumas das provas do SAT, o Enem norte-americano, reescreveu as cartas de apresentação, podendo incluir a experiência no exterior. Dessa vez, também contou com a assessoria da Fundação Educar na parte burocrática, dos documentos.

Em 2013, a boa notícia finalmente chegou: em 28 de março, a jovem recebeu a confirmação do ingresso em Harvard.

 Bolsa de estudos

Para pagar os US$ 60 mil anuais da universidade, ela conta com uma bolsa da Fundação Estudar. Nesse pagamento estão incluídas alimentação e hospedagem -- 99% dos alunos moram nos alojamentos, conta Larissa.

"Às vezes ajudo em eventos, a cada semestre ajudo a organizar os dormitórios [para ganhar dinheiro para os outros gastos]", conta a estudante. "No verão, trabalho e junto meu próprio dinheiro."

A bolsa com a fundação foi prêmio pelo seu trabalho voluntário no blog EnemRED em que ela compartilha suas dicas para uma boa redação do Enem – ela tirou nota 1.000 na prova de 2011 e passou a ser questionada sobre estratégias para um bom texto.

A ideia de Larissa é retornar ao país quando a graduação terminar: "Quero voltar para o Brasil, contribuir com o desenvolvimento do próximo", afirmou.

Por fim, ela manda um recado a quem se inspirou com a história de sua vida: "A mensagem que aprendi e que passo é que, apesar de qualquer sonho parecer ousado, ele está longe de ser inalcançável." E ela é prova disso.



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