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Filme brasileiro perdido é encontrado na República Tcheca quase 100 anos depois

Produzido em 1918, o longa-metragem documenta uma viagem fluvial pelo rio Amazonas

Cena do filme 'Amazonas, o Maior Rio do Mundo' | Foto: Reprodução/Aventuras na História
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O filme 'Amazonas, o Maior Rio do Mundo', do cineasta Silvino Santos, foi considerado perdido desde a década de 1930, mas foi novamente localizado na Cinemateca de Praga, na República Tcheca. 

Produzido em 1918, o longa documenta uma viagem fluvial pelo rio Amazonas, registrando localidades como Belém, Marajó, Santarém, Itacoatiara, Manaus e o rio Putumayo, o qual abrange áreas do Pará, Amazonas e do oriente peruano. Relembre a descoberta!

DESAPARECIMENTO 

Após cerca de uma década de exibições na Europa, o filme desapareceu dos registros. Sua identificação foi confirmada por meio da pesquisa do amazonense Sávio Stoco, realizada na Universidade Federal do Pará, conforme repercutido pelo G1 em 2023.

A redescoberta da obra ocorreu quando o curador inglês Jay Weissberg, do Festival de Cinema Silencioso de Pordenone (Itália), encontrou registros do filme no acervo da Cinemateca de Praga e solicitou a avaliação de Stoco.

A identificação foi possível graças às semelhanças entre o filme encontrado e sequências conhecidas de outra obra de Silvino Santos: "No Paiz das Amazonas".

Cartaz do filme. Reprodução

IDENTIFICAÇÃO

O título estava traduzido e constava como "As Maravilhas do Amazonas", sem referências ao diretor ou ao país de origem. Além disso, os intertítulos estavam em tcheco.

A pesquisa de Stoco, que incluía descrições detalhadas e mais de 130 imagens do filme, foi essencial para comprovar sua autenticidade. Em entrevista ao g1 à época, o pesquisador afirmou:

Passamos alguns meses analisando com muito cuidado, eu e ele [Jay Weissberg]. Mesmo a troca de título estava explicada em minha pesquisa. E os intertítulos em tcheco se explicam, pois a cada país onde o filme passou, houve necessidade dessa tradução, na época.

REEXIBIÇÃO

Desde sua redescoberta, a obra já foi exibida em diversos eventos e instituições, incluindo o Festival de Pordenone, a Cinemateca Brasileira, e mostras em João Pessoa, Belém, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Contudo, uma exibição realizada em 2023 no Teatro Amazonas se destacou pelo vínculo histórico da produção com a cidade de Manaus, onde o filme foi concebido.

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