Pesquisas recentes da neurociência apontam que a sensação de sentir alguém por perto mesmo estando sozinho tem uma explicação racional interligada ao modo como o cérebro humano processa informações sensoriais e emocionais.
Os cientistas chamam a experiência de “sensação de presença” quando uma pessoa percebe que há alguém ao seu redor mesmo sem estímulo visual, tátil ou sonoro que comprove isso.
POR QUE O CÉREBRO CRIA ESSA SENSAÇÃO?
Especialistas explicam que a sensação de presença devido a uma falha na integração de informações desempenhadas pelo cérebro. Para preencher uma lacuna, o nosso cérebro e a mente podem interpretar o corpo ou sombra como outra pessoa.
Uma pesquisa realizada por cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, realizaram um estudo com voluntários usando robôs que imitam o toque humano com atraso milimétrico. Muitos participantes relataram ter sentido “alguém” por perto mesmo sabendo que não havia ninguém por perto.
O estudo revela, portanto, que esse fenômeno está ligado à junção temporoparietal, região do cérebro responsável pela percepção corporal e pela consciência espacial. Quando essa área é “enganada”, o cérebro tende a projetar uma presença imaginária para justificar o descompasso sensorial.
FATORES QUE FAVORECEM O FENÔMENO
Alguns fatores podem influenciar no aparecimento deste fenômeno. O cansaço extremo e privação de sono são alguns deles. Quando o nosso corpo é privado de descanso, as áreas do cérebro responsáveis pela atenção e percepção são afetadas. O que torna mais provável que estímulos neutros sejam interpretados como ameaça ou presenças.
Além disso, estresse, adrenalina, isolamento, solidão e paralisia do sono são fatores predominantes para o corpo ter a sensação de presença.