O surgimento de manchas brancas nas unhas costuma despertar curiosidade e preocupação. Em muitos casos, essas marcas aparecem de forma discreta, isolada e temporária, desaparecendo à medida que a unha cresce. Apesar de, geralmente, não representarem risco à saúde, ainda são alvo de muitos mitos e interpretações equivocadas.
Conhecidas como leuconíquia, essas alterações costumam estar relacionadas a algum tipo de agressão à matriz da unha — área responsável por sua formação e localizada logo abaixo da cutícula. Qualquer interferência nessa região pode refletir temporariamente no aspecto da unha.
Traumas leves, como pancadas, apertos ou até procedimentos estéticos mais agressivos, podem alterar momentaneamente a produção da queratina. Nessas situações, as manchas brancas acompanham o crescimento da unha, deslocando-se em direção à ponta até serem cortadas, sem provocar dor, coceira ou desconforto.
O que pode significar
É comum associar essas manchas à chamada “falta de cálcio”, mas essa ideia não encontra respaldo científico. As unhas são compostas principalmente por queratina e não funcionam como um indicador direto dos níveis de cálcio no organismo, o que torna essa associação um mito bastante difundido.
Quando existe alguma deficiência nutricional, os sinais costumam ser mais amplos, como unhas fracas, quebradiças, com crescimento lento ou alterações mais evidentes de cor e espessura. Por isso, não se recomenda o uso de suplementos sem orientação médica, especialmente por pessoas com doenças renais ou cardiovasculares.
De modo geral, as manchas brancas nas unhas podem ter diferentes origens, variando de causas simples a situações que exigem avaliação profissional. Quadros benignos costumam ser localizados, indolores e sem mudanças significativas na estrutura da unha.
Entre as causas mais comuns estão agressões externas, inflamações locais e algumas doenças de pele. Em casos mais raros, essas alterações podem estar associadas a doenças sistêmicas, sobretudo quando surgem acompanhadas de outros sintomas no corpo.