Psiquiatras curam “vampiro” turco de hábito de beber sangue

Jovem de 23 anos com “vampirismo” chegou a morder pessoas por sangue.

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Um jovem turco de 23 anos foi diagnosticado por médicos com uma desordem de "vampirismo", da qual foi curado por uma equipe de psiquiatras de seu país.

"Não é a primeira pessoa com um comportamento de consumo de sangue da qual se tem notícia na literatura, mas é o primeiro com um transtorno de identidade dissociativo e comportamento de consumo de sangue", afirmou Direnc Sakarya, um dos médicos responsáveis pelo caso.

Junto com três colegas psiquiatras, Sakarya tornou o caso público em agosto de 2012, ao publicar um artigo no periódico "Journal of Psychotherapy and Psychosomatics". O médico explicou que o jovem, quando foi diagnosticado em 2011, reconheceu que há dois anos gostava de beber sangue.

"Era um homem casado, de 23 anos. Vinha com um histórico de cortes com uma lâmina de barbear em seus próprios braços, peito e barriga para deixar cair o sangue em um copo e bebê-lo. Quando experimentava uma compulsão por beber sangue "tão urgente quanto respirar" recorria a outras fontes", contou Sakarya.

O "vampiro" havia sido detido várias vezes por ter furado ou mordido outras pessoas para beber sangue. Inclusive chegou a mandar seu pai buscar bolsas em bancos de sangue.

Entre os transtornos detectados no rapaz estavam uma depressão crônica e problemas com o álcool. "Desfrutava do cheiro e do sabor do sangue, apesar de considerá-lo uma bobagem", relatou o artigo científico.

Sakarya insistiu que o rapaz não se comportava assim para prejudicar ninguém e explicou que a doença tem origem em "alguns eventos traumáticos do passado". O médico descreveu o "vampiro" como um "jovem com muitos problemas".

Para o psiquiatra, o paciente tornou-se um "vampiro" após sofrer episódios traumáticos em sua vida, como a morte de sua filha de quatro meses, e ter sido testemunha do assassinato de seu tio e de outra morte violenta.

O tratamento do "vampirismo" durou cinco semanas, com entrevistas de apoio e medicação. Os médicos conseguiram com que ele parasse com o hábito de consumir sangue, embora os transtornos dissociativos se mantenham.

"O paciente se beneficiou de nosso tratamento naquele momento. Seu hábito de beber sangue não era uma dependência, era o resultado de problemas psicológicos que estavam no fundo. Centramo-nos nesse transtorno básico e a conduta de beber sangue acabou", disse o especialista.



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